Pobre blog! Ficou abandonadinho hoje. O tempo passou tão rápido no horário de almoço que não tive como atualizá-lo.
No meio do dia, enquanto comia, pensei em falar sobre a loucura pós jogo do Brasil. Minha filha mais velha me mostrou fotos da avenida Getúlio Vargas, perto do Chopão e a duas quadras da minha casa. É lá que boa parte da população cuiabana comemora as vitórias da seleção brasileira. Vi um mar de gente e, mais uma vez, tive a certeza de que não pretendo ir à rua nos dias de jogo, ainda mais depois que ela me contou ter presenciado brigas. Acho que estou ficando velha. A multidão, o som alto dos carros, buzinas e fogos me incomodam muito.
No final do dia, enquanto relaxava na sessão de acupuntura em busca de solução para alguns problemas crônicos, pensei em escrever sobre meus sonhos. Tenho sonhado muito com mar, sonhos intensos, perturbadores - um prato cheio para o psicanalista que não tenho. Num deles, diante da minha dificuldade de enfrentar as ondas para voltar para a areia, decidi pedir ajuda a um homem que estava perto, mas quando fomos sair as ondas tinham sumido e nem precisei de sua ajuda. Achei o sonho bastante claro.
Agora à noite, quando finalmente tive tempo para escrever, pensei que não poderia deixar de registrar a morte de um adolescente de 15 anos num incêndio provocado por outros garotos no Complexo do Pomeri - a "Febem" de Cuiabá. Outros três meninos permanecem internados. Achei a notícia muito triste. Nossa sociedade continua fechando os olhos para a realidade dessas instituições de "ressocialização" de menores infratores, aonde, volta e meia, vão os representantes da lei para constatar as condições precárias e a insegurança total. Mas pouco ou nada muda depois. Continuamos não dando muitas chances de vida a nossos meninos e meninas carentes.
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