Outro dia uma colega me falou que a vila de quitinetes onde mora em Cuiabá foi assaltada no período da tarde, o que a deixou mais assustada que de costume. Minha irmã do Rio - a de número 6, aproveitando a ideia genial do Dr. Gabriel, colega blogueiro, que escreveu uma crônica divertidíssima em que todos os seus irmãos são mencionados por números, sendo que ele é o de número 1, por se o primogênito - me contou que a de número 3 queixou-se dias desses que não pode mais ir à missa a pé em Corumbá por causa dos constantes assaltos. No domingo assisti a uma reportagem no Fantástico sobre os casos frequentes de assaltos em ônibus em várias capitais, porém o foco maior foi em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Em resumo, faz tempo que a violência urbana não é mais "privilégio" das grandes cidades. Nós, das capitais menores ou até de cidades do interior, já não podemos nos gabar da tranquilidade de viver fora das metrópoles. Trânsito ameno, segurança, convívio com os vizinhos são coisas do passado. É engraçado que muitas pessoas daqui ainda têm medo de ir ao Rio de Janeiro ou São Paulo. Sinceramente, sinto mais medo andando na rua a pé em Cuiabá à noite do que no Rio.
Ontem, por exemplo, fui para meu ensaio de coral preocupadíssima com minha filha de 20 anos que, supostamente, estava na academia, mas não atendia o celular. Só me tranquilizei quando finalmente ela enviou uma mensagem: 'Estou em casa". Paranoia de mãe supercontroladora?
No caminho para o Museu de Arte Sacra (local dos ensaios que, aliás, é escuríssimo), vi a ambulância do Samu e viatura de polícia num ponto de ônibus na Avenida Isaac Póvoas, no Centro, o que me deixou mais assustada.
Quando saí do ensaio, por volta de 22h, debaixo de chuva, vi um monte de gente (a maioria jovem) saindo de colégios, faculdades, perto do Colégio São Gonçalo. Eu me senti meio como na letra que Chico e Vinícius fizeram para a bela melodia do violonista Garoto: "Gente humilde" (Eu que não creio, peço a Deus por minha gente/ É gente humilde, que vontade de chorar): senti um aperto no coração por aquelas moças e rapazes que se esforçam para estudar, pegam ônibus, motos e chegam em casa sei lá que horas, enfrentando o perigo de assaltos. Não acho justo que as pessoas em geral estejam sujeitas a tanta violência e tensão, mas como me disse há pouco uma amiga por email: "A vida não me parece justa. Mas quem disse que era pra ser justa?"
Em resumo, faz tempo que a violência urbana não é mais "privilégio" das grandes cidades. Nós, das capitais menores ou até de cidades do interior, já não podemos nos gabar da tranquilidade de viver fora das metrópoles. Trânsito ameno, segurança, convívio com os vizinhos são coisas do passado. É engraçado que muitas pessoas daqui ainda têm medo de ir ao Rio de Janeiro ou São Paulo. Sinceramente, sinto mais medo andando na rua a pé em Cuiabá à noite do que no Rio.
Ontem, por exemplo, fui para meu ensaio de coral preocupadíssima com minha filha de 20 anos que, supostamente, estava na academia, mas não atendia o celular. Só me tranquilizei quando finalmente ela enviou uma mensagem: 'Estou em casa". Paranoia de mãe supercontroladora?
No caminho para o Museu de Arte Sacra (local dos ensaios que, aliás, é escuríssimo), vi a ambulância do Samu e viatura de polícia num ponto de ônibus na Avenida Isaac Póvoas, no Centro, o que me deixou mais assustada.
Quando saí do ensaio, por volta de 22h, debaixo de chuva, vi um monte de gente (a maioria jovem) saindo de colégios, faculdades, perto do Colégio São Gonçalo. Eu me senti meio como na letra que Chico e Vinícius fizeram para a bela melodia do violonista Garoto: "Gente humilde" (Eu que não creio, peço a Deus por minha gente/ É gente humilde, que vontade de chorar): senti um aperto no coração por aquelas moças e rapazes que se esforçam para estudar, pegam ônibus, motos e chegam em casa sei lá que horas, enfrentando o perigo de assaltos. Não acho justo que as pessoas em geral estejam sujeitas a tanta violência e tensão, mas como me disse há pouco uma amiga por email: "A vida não me parece justa. Mas quem disse que era pra ser justa?"
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