sábado, 20 de março de 2010

Manhã de chuva

Acabo de ler no site do MSNBrasil http://br.msn.com/ : "Outono começa hoje com sol e calor em todo país".

Pelo visto Cuiabá não faz parte deste país porque aqui o dia amanheceu chuvoso e sem sol. Um milagre! Ruim para pessoas como Sr. Mílton, o encanador, que saiu de casa no bairro do Tijucal (a cerca de 12 km do Centro), debaixo de chuva, para vir consertar um encanamento quebrado no meu banheiro. Bom para mim que tenho que fazer algumas coisas no computador.

Vocês não têm ideia de como é árduo trabalhar no computador em casa quando está fazendo sol e muito calor!

Isso me faz pensar no quanto o clima interfere na rotina e no humor das pessoas: se faz frio, chove, elas tendem a ser mais caseiras, introvertidas, imagino: se faz calor e o sol está brilhando, dá vontade de sair de casa e fazer coisas ao ar livre; mas se faz calor demais, como acontece em Cuiabá, aí não dá vontade de sair, nem de ficar trabalhando em casa, a menos que você tenha ar condicionado.

Isso me leva a pensar em quanto somos dependentes aqui da "bendita" energia elétrica, que ultimamente tem falhado. Vivemos uma vida bastante artificial, dependentes de aparelhos de ar condicionado, ventiladores, umidificadores (ainda não tenho), geladeiras, enfim um monte de eletrodomésticos que vivem à base de energia elétrica, que, por sua vez, nos custa os olhos da cara.

Ao mesmo tempo, falamos tanto em conservação do meio ambiente, aquecimento global, e vamos ficando cada vez mais dependentes do computador, do carro, do microondas.

Outro dia assisti a uma reportagem sobre um sujeito na Inglaterra (se não me engano) que abriu mão de tudo (emprego bom, conforto, etc) para viver do que produz e de escambo. Acho corajosa a atitude dele, mas não sei até quando ele vai conseguir e eu, sinceramente, não seria capaz.

Mas tenho saudades do tempo (não tão distante assim) em que eu passava até um mês numa fazenda no Pantanal mato-grossense, dispondo poucas horas de energia (de motor) e vivendo uma vida muito rústica. Fui tão feliz! Se eu pudesse diria isso hoje à pessoa com quem compartilhei esse tempo. Como não posso, compartilho com vocês.

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