Leio em O Globo que Lula descartou a possibilidade de se licenciar do cargo para ajudar na campanha de Dilma em entrevista a emissoras de rádio de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). "Segundo ele", diz O Globo, "seria uma irresponsabilidade". Ufa, será que estamos livres do Sarney como presidente da República? A matéria conta que a informação anterior veio de um integrante da coordenação de campanha da ministra, que reiterou ontem a O Globo a disposição do presidente de pedir a licença.
Portanto, ou o presidente deu para trás (temporariamente ou não) diante da repercussão da notícia, ou então O Globo cometeu uma "barriga" (o oposto do furo na linguagem das redações). Só o tempo dirá.
Mas o que quero registrar hoje é a morte do compositor Johnny Alf , na verdade Alfredo José da Silva - mais um daqueles que morrem esquecidos e só depois de mortos são incensados pela mídia, por colegas de profissão e o público em geral. Li que ele não tinha parentes, sofria de câncer na próstata, vivia numa casa de repouso em Santo André, no ABC paulista, e tinha 80 anos. Há quanto anos não via uma imagem de Johnny Alf na televisão e não ouvia sua voz suave. interpretando seu grande sucesso "Eu e a brisa"! Compositor refinado, músico talentoso, por que ele ficou tão esquecido? A matéria de O Globo diz que ele sequer foi lembrado nos 50 anos da Bossa Nova, embora seja considerado o precursor do gênero musical brasileiro, que deu um toque de jazz e um clima cool à música popular do país.
É um país estranho o Brasil, que transforma em "heróis" e "celebridades" pessoas sem maiores talentos e nenhum centímetro de história em programas do tipo BBB e condena ao ostracismo músicos e outras pessoas talentosas. Não é só uma questão de fama e sim de sobrevivência. O artista vive de sua arte e sempre me lembro de que o genial Cartola trabalhava como lavador de carros na Zona Sul para pagar suas contas antes de ser "redescoberto" pela classe média carioca.
Quantos Cartolas e Johnny Alfs não estão esquecidos por aí, sem oportunidade de compartilhar sua arte e sobreviver dignamente às custas dela?
Portanto, ou o presidente deu para trás (temporariamente ou não) diante da repercussão da notícia, ou então O Globo cometeu uma "barriga" (o oposto do furo na linguagem das redações). Só o tempo dirá.
Mas o que quero registrar hoje é a morte do compositor Johnny Alf , na verdade Alfredo José da Silva - mais um daqueles que morrem esquecidos e só depois de mortos são incensados pela mídia, por colegas de profissão e o público em geral. Li que ele não tinha parentes, sofria de câncer na próstata, vivia numa casa de repouso em Santo André, no ABC paulista, e tinha 80 anos. Há quanto anos não via uma imagem de Johnny Alf na televisão e não ouvia sua voz suave. interpretando seu grande sucesso "Eu e a brisa"! Compositor refinado, músico talentoso, por que ele ficou tão esquecido? A matéria de O Globo diz que ele sequer foi lembrado nos 50 anos da Bossa Nova, embora seja considerado o precursor do gênero musical brasileiro, que deu um toque de jazz e um clima cool à música popular do país.
É um país estranho o Brasil, que transforma em "heróis" e "celebridades" pessoas sem maiores talentos e nenhum centímetro de história em programas do tipo BBB e condena ao ostracismo músicos e outras pessoas talentosas. Não é só uma questão de fama e sim de sobrevivência. O artista vive de sua arte e sempre me lembro de que o genial Cartola trabalhava como lavador de carros na Zona Sul para pagar suas contas antes de ser "redescoberto" pela classe média carioca.
Quantos Cartolas e Johnny Alfs não estão esquecidos por aí, sem oportunidade de compartilhar sua arte e sobreviver dignamente às custas dela?
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