quarta-feira, 30 de julho de 2008

Malária

Conversei há pouco com uma pessoa muito querida de Cáceres que perdeu o marido há pouco mais de uma semana. Ele era funcionário do fisco estadual e sempre trabalhou em postos nas estradas. Ficava 10,15 dias de serviço e um período equivalente em casa. Morreu de malária! Chegou numa quarta-feira de um município no nortão de Mato Grosso (Colniza, quase na fronteira com o Pará) e começou a ter febre, muita dor na cabeça e no corpo. Acabou vindo para Cuiabá no início da semana seguinte, mas pelo que entendi a malária só foi diagnosticada na quarta seguinte, antevéspera de sua morte.
Faço aqui o registro porque fiquei impressionadíssima. A minha amiga disse que era um tipo de malária "preta", mais grave. Andei pesquisando na internet e descobri que existe um tipo de malária, transmitida pelo protozoário Pasmodium Falciparum, que é considerada a mais grave.
Não deixa de ser uma loucura pensar que alguém, recebendo cuidados médicos, morra de malária em pleno século XXI. Não existe vacina contra malária, mas apenas medidas profiláticas. O Cives (Centro de Informação em Saúde para Viajantes)da UFRJ traz informações bem interessantes sobre a doença.
Li também o relato sobre o tratamento de uma menina de 13 anos, que já estava na décima infecção malárica em cinco anos de Ariquemes, Rondônia. Que loucura! Fico pensando no cotidiano de pessoas como essa menina que sofrem barbaridade com uma doença como a malária. Tristes trópicos!

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