O meu amigo Sérgio de Oliveira, jornalista como eu em Cuiabá, me emprestou o Especial Caros Amigos sobre Sérgio de Souza (1934-2008), criador da publicação "Caros amigos" e considerado um mestre do jornalismo.
Talvez por ter me criado jornalista no Rio de Janeiro, não tenho uma relação próxima com o Serjão, como era chamado, embora saiba que ele esteve envolvido com alguns dos órgãos mais brilhantes do jornalismo brasileiro, como a revista "Realidade". Ele esteve à frente também de projetos ousados como o jornal "Canja", de vida curta, e que tratava só de música, e tantos outros.
A edição especial de "Caros Amigos" é comovente, conta a história dele, traz textos de vários colaboradores e amigos, como José Hamilton Ribeiro. Gente de fibra, que fazia um jornalismo ousado, ético e coerente, e que inspirou tanta gente, como eu a escolher essa profissão.
Serjão não é conhecido do grande público, não ficou rico com o jornalismo, mas é admirado por todos que conviveram com ele.
Enfim, o exemplo de Sérgio de Souza é o antídoto daquilo que escrevi há alguns posts (Crenças negativas). Ele mostra que é possível ser grande sem ficar milionário ou poderoso, e mostra também o peso de nossas escolhas diárias. O mundo hoje é extremamente competitivo e há muito espaço para a superficialidade (o que se veste, o que se usa ...) e pouco para a coerência.
É extremamente difícil não se desviar do caminho que escolhemos.
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