Estou tão cansada que tenho medo de escrever besteira, mas não quero ir dormir sem atualizar meu blog.
Eu me transformei num ser viajante no sentido literal. Cheguei na terça bem tarde de Goiânia e na quinta fui pra Campo Novo do Parecis, no interior de Mato Grosso, fazer uma matéria sobre a cultura de algodão. Fomos eu e o fotógrafo, Mauro Panini, de carro, à noite, por essas estradas não tão confiáveis do interior de MT. Mas, felizmente, correu tudo bem e até foi gostoso.
A noite estava linda, estrelada e a gente conversou quase o tempo todo. Só no finalzinho, apaguei um pouco. Só pra vocês terem um termo de comparação: em termos de quilometragem é como se tivéssemos saído do Rio à noite e ido dormir em SP, e voltado no dia seguinte. É muito chão!
Aqui em MT é sempre assim: tudo é muito distante. As estradas são mal sinalizadas e praticamente não têm acostamento. É meio loucura encarar uma estrada dessas à noite. Ossos do ofício!
Agora, estou em casa morrendo de sono, mas resistindo a ir pra cama.
Ontem, antes de viajar, tive um insight muito legal: a gente só dá aos outros o que pode e tem pra dar. Deixa eu explicar melhor: na véspera, a moça que fez minhas unhas estava se queixando das filhas e dizendo que elas só vão dar valor aos pais quando os perderem. Senti que ela estava muito magoada com os filhas e fiquei com pena dela. Fiquei pensando no quanto a maioria dos pais se dá aos filhos, mas sempre na esperança de obter reconhecimento, aquela coisa meio de vítima, "olha quanto eu me sacrifico por você, etc, etc"
Na realidade, a gente dá porque ama os filhos, quer seu bem, e é gostoso dar, mas o ato de dar deve ser bom pra quem deu (e muitas vezes, é mesmo).
Como disse no início estou muito cansada e talvez não tenha conseguido me explicar bem, mas tudo isso tem a ver com um gesto que fiz para minha filha e que, embora simples, me deu uma sensação de plenitude. Isso tem a ver com o meu aprendizado da Cabala.
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