Há alguns dias eu procurava um livro para minha filha mais nova - "Recordações do escrivão Isaías Caminha", romance de estreia de Lima Barreto - e acabei encontrando algo mais especial. Encontrei no meio do livro um bilhetinho de um amigo dos tempos do colegial com um texto super simpático. Na verdade, o livro foi um presente de aniversário desse meu amigo que termina o bilhete dizendo: "Lima Barreto, maior barato, tudo bom, estamos aí. Beleza!"
Foi muito gostoso reencontrar essa dedicatória de 28 anos atrás. Me deu saudades desse meu amigo com quem dividi leituras, filmes, peças de teatro, concertos e shows durante muitos anos da minha adolescência. Tive uma turma muito legal: Saboya, Augusto, Albuca, Marcelo e outros que se agregavam de vez em quando ao nosso grupo. Era uma época muito diferente ou éramos nós diferentes?
Não consigo imaginar algum amigo de minhas filhas lhe dando um livro de Lima Barreto com uma dedicatória tão especial. Aliás, hoje em dia, quase ninguém mais dá presentes a um amigo. LPs, livros eram os presentes mais comuns na minha época e pressupunham alguma intimidade, um conhecimento do gosto do outro.
Tenho dois amigos atualmente que costumam me dar livros de presente e sou muito grata a eles por isso. Aliás, isso me faz pensar no significado da palavra "presente": para mim, tem o sentido de se fazer presente, lembrado para sempre, por isso gosto da ideia de dar e ganhar livro porque é algo que fica para sempre e que ainda lhe dá a oportunidade de guardar a caligrafia e o carinho do amigo numa dedicatória. Gosto também de ganhar roupas porque elas me acompanham no dia a dia. Perfumes também são bem-vindos porque me trazem a lembrança do outro por um bom tempo. Particularmente não gosto muito de ganhar flores, nem coisas de comer, porque logo se acabam. Adoro também ganhar bijuterias e outro dia ganhei umas xícaras de café muito especiais de Vanda, uma amiga jornalista de Porto Alegre.
Enfim, dar e receber presentes é uma arte. Arte de se fazer presente, de se fazer lembrada.
Foi muito gostoso reencontrar essa dedicatória de 28 anos atrás. Me deu saudades desse meu amigo com quem dividi leituras, filmes, peças de teatro, concertos e shows durante muitos anos da minha adolescência. Tive uma turma muito legal: Saboya, Augusto, Albuca, Marcelo e outros que se agregavam de vez em quando ao nosso grupo. Era uma época muito diferente ou éramos nós diferentes?
Não consigo imaginar algum amigo de minhas filhas lhe dando um livro de Lima Barreto com uma dedicatória tão especial. Aliás, hoje em dia, quase ninguém mais dá presentes a um amigo. LPs, livros eram os presentes mais comuns na minha época e pressupunham alguma intimidade, um conhecimento do gosto do outro.
Tenho dois amigos atualmente que costumam me dar livros de presente e sou muito grata a eles por isso. Aliás, isso me faz pensar no significado da palavra "presente": para mim, tem o sentido de se fazer presente, lembrado para sempre, por isso gosto da ideia de dar e ganhar livro porque é algo que fica para sempre e que ainda lhe dá a oportunidade de guardar a caligrafia e o carinho do amigo numa dedicatória. Gosto também de ganhar roupas porque elas me acompanham no dia a dia. Perfumes também são bem-vindos porque me trazem a lembrança do outro por um bom tempo. Particularmente não gosto muito de ganhar flores, nem coisas de comer, porque logo se acabam. Adoro também ganhar bijuterias e outro dia ganhei umas xícaras de café muito especiais de Vanda, uma amiga jornalista de Porto Alegre.
Enfim, dar e receber presentes é uma arte. Arte de se fazer presente, de se fazer lembrada.
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