Vim para a revista cedo para concluir uma reportagem e vim pensando no caminho no quanto Cuiabá é uma cidade agressiva e injusta com seus habitantes. Talvez ela não seja muito diferente, infelizmente, da maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte. Há leis, mas poucos as respeitam; há pessoas que deveriam zelar pelos que seguem a lei, mas nem sempre cumprem a sua função. Por que pensei tudo isso? Por causa de uma obra da Sanecap encravada há uns três dias numa esquina da rua Sebastião, uma via super movimentada, de mão dupla com ônibus passando nos dois sentidos. A obra está lá (não vi ninguém trabalhando) impedindo a passagem de uma das vias, sem qualquer aviso e fico me perguntando quantos possíveis acidentes já não aconteceram por conta disso.
Meu pensamento me leva à morte do irmão da minha empregada no ano passado. Ele e um companheiro de trabalho seguiam de moto em Várzea Grande, cidade vizinha a Cuiabá, e morreram por causa de uma obra mal sinalizada, sendo que outros acidentes ocorreram no mesmo dia pelo mesmo motivo. O que aconteceu? Alguém foi responsabilizado por causa disso? Não que eu saiba.
Chego à revista, dou uma olhada nos jornais, e vejo detalhes cada dia mais escabrosos do caso do segurança espancado no Shopping Goiabeiras. Ainda bem que a delegada encarregada do caso parece séria e os responsáveis não deverão ficar impunes, mas nada devolverá a vida de Reginaldo e outros tantos Reginaldos espancados Brasil afora. Leio que quatro ou cinco jovens de um bairro de Cuiabá entraram com queixa contra a PM por espancamento. Eles estavam tocando música numa rua do bairro Cidade Verde e, segundo eles, os policiais já chegaram batendo, humilhando e ainda quebraram o cavaquinho de um deles. Isso me lembrou um caso da época do auge da ditadura quando homens do Exército quebraram o violão e espancaram alguns jovens reunidos apenas para cantar.
Todos esses sentimentos negativos foram atenuados, entretanto, com a leitura de uma crônica simpática (ainda que crítica) do médico Gabriel Novis Neves (fundador e ex-reitor da UFMT) e do blog Roça de Livros (rocadelivros.blogspot.com). Este último destaca a reportagem que fiz em Produtor Rural intitulada "Efeito Beija-flor". Nela, falo de algumas iniciativas positivas de fazendas em Mato Grosso relacionadas à saúde e educação dos colaboradores, entre outros aspectos, e aproveito para destacar a iniciativa de um casal de amigos em Nova Friburgo (RJ) de criar uma biblioteca numa comunidade rural.
De vez em quando a gente tem que acreditar na fábula do beija-flor que tentava apagar um incêndio na floresta e, questionado sobre a efetividade de sua atitude, respondeu: "Estou fazendo a minha parte". Caso contrário, a gente enlouquece ou perde a vontade de viver.
Meu pensamento me leva à morte do irmão da minha empregada no ano passado. Ele e um companheiro de trabalho seguiam de moto em Várzea Grande, cidade vizinha a Cuiabá, e morreram por causa de uma obra mal sinalizada, sendo que outros acidentes ocorreram no mesmo dia pelo mesmo motivo. O que aconteceu? Alguém foi responsabilizado por causa disso? Não que eu saiba.
Chego à revista, dou uma olhada nos jornais, e vejo detalhes cada dia mais escabrosos do caso do segurança espancado no Shopping Goiabeiras. Ainda bem que a delegada encarregada do caso parece séria e os responsáveis não deverão ficar impunes, mas nada devolverá a vida de Reginaldo e outros tantos Reginaldos espancados Brasil afora. Leio que quatro ou cinco jovens de um bairro de Cuiabá entraram com queixa contra a PM por espancamento. Eles estavam tocando música numa rua do bairro Cidade Verde e, segundo eles, os policiais já chegaram batendo, humilhando e ainda quebraram o cavaquinho de um deles. Isso me lembrou um caso da época do auge da ditadura quando homens do Exército quebraram o violão e espancaram alguns jovens reunidos apenas para cantar.
Todos esses sentimentos negativos foram atenuados, entretanto, com a leitura de uma crônica simpática (ainda que crítica) do médico Gabriel Novis Neves (fundador e ex-reitor da UFMT) e do blog Roça de Livros (rocadelivros.blogspot.com). Este último destaca a reportagem que fiz em Produtor Rural intitulada "Efeito Beija-flor". Nela, falo de algumas iniciativas positivas de fazendas em Mato Grosso relacionadas à saúde e educação dos colaboradores, entre outros aspectos, e aproveito para destacar a iniciativa de um casal de amigos em Nova Friburgo (RJ) de criar uma biblioteca numa comunidade rural.
De vez em quando a gente tem que acreditar na fábula do beija-flor que tentava apagar um incêndio na floresta e, questionado sobre a efetividade de sua atitude, respondeu: "Estou fazendo a minha parte". Caso contrário, a gente enlouquece ou perde a vontade de viver.
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