Foi tão forte o que escrevi ontem que não consegui escrever mais nada aqui ao longo do dia. É bem verdade que meu dia foi mais corrido que o normal. Entre uma e outra saída no calor fenomenal de Cuiabá (deve ter feito uns 40º hoje) pensei no Reginaldo e na morte horrível que teve. Pensei também que nós todos somos um pouco culpados pelo que aconteceu, já que nossa sociedade foi ficando tão maluca e criando um monte de polícias e guardas de segurança na busca de proteção. É uma coisa meio esquisofrênica, mas a gente sabe que a polícia acaba provocando mais terror em alguns setores da sociedade do que a sensação de proteção, por mais que os marqueteiros do governo queiram nos impor a ideia de uma polícia cidadã.
Temos tanto medo das pessoas que se aproximam de nós, que vivemos cercados, passeamos em shoppings cheios de seguranças que nem sempre protegem. Às vezes, também matam.
Isso me fez lembrar de um episódio ocorrido há uns dois ou três no estacionamento do Shopping Pantanal em Cuiabá, envolvendo uma amiga, cujo nome não estou autorizada a revelar. Na saída de uma buate, ela viu alguns rapazes massacrando um outro rapaz que estava sozinho. Perguntou aos seguranças que assistiam à cena por que não intervinham. Eles responderam que estavam ali para cuidar dos carros. Ah tá ... A minha amiga - respeito-a muito por causa disso - acabou se metendo na briga e as meninas imbecis que estavam acompanhando os imbecis que batiam no tal cara resolveram bater na minha amiga. Nesse momento, os seguranças entraram na confusão e "salvaram" minha amiga e seus dois amigos que saíram do lugar com um olho roxo (ela) e um braço quebrado (o amigo dela). Não me lembro mais o que aconteceu ao terceiro amigo. Todos sobreviveram, inclusive, o rapaz que foi pivô de tudo, que minha amiga reencontrou no Pronto Socorro levando pontos.
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