Comecei a semana angustiada. Os motivos são vários e não vou cansar meus leitores até porque (esse é junto ou separado?) eles (os motivos, não os leitores) são, em sua maioria, triviais e, talvez até familiares à maioria das pessoas. Muita pressão, cobrança (mais interna do que externa), autoestima em baixa, etc, etc ...
Sinto que preciso me reequilibrar internamente para seguir em frente com menos desgaste e sofrimento. Entre as medidas de ordem prática, pretendo retomar algum tipo de exercício físico (que me faz bem à alma) esta semana: não sei se retomo as aulas de yoga, volto pra academia, mudo pra natação ou pra hidroginástica.
Em meio a essa onda de angústia, vou à copa da instituição onde trabalho para tomar um cappucino e pego a edição de A Gazeta de domingo para ler. Fico sabendo que oficiais da PMs de Mato Grosso, investigados e presos pela Polícia Federal, tinham uma fortuna incompatível com o vencimento de seus cargos graças à troca de "serviços". Entre outras coisas descritas na reportagem, eles simulavam uma invasão a alguma propriedade rural para cobrar pelos serviços de expulsão dos supostos invasores. Ah, li também sobra a morte de um adolescente de 15 anos a facadas em consequência de uma briga com outro adolescente por motivos "fúteis" (o assassino começou a perseguir o outro porque este teria mexido com a sua namorada). Parei de ler o jornal, invadida por uma sensação de angústia ainda maior.
O que fazer da minha vida? O que ensinar às minhas filhas? O que esperar desse mundo tão louco onde a vida vale tão pouco, a impunidade é enorme e onde quem deveria proteger a população agride, rouba e lança mão de seu poder para transgredir a lei?
Antes que alguém me diga "mas eles estão presos", eu pergunto: "E quantos como eles continuam soltos?" ou "Até quando?" ou ainda "E quanto às suas vítimas?"
Leio no mesmo jornal uma reportagem sobre sofrimentos psicológicos impostos a crianças por pais ou mâes (em geral, mães) que, por motivos pessoais, querem distanciar seus filhos do ex-cônjuge. Para isso, denigrem a imagem do pai (ou da mãe), chegando a acusá-los de abuso sexual.
Volto para minha sala e descubro em OFiltro (www.colunas,epoca.com.oglobo.com/ofiltro) que a ONU estima que o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia (cerca de R$ 2,40) no mundo deverá aumentar para cerca de 90 milhões até o final deste ano em consequência da crise financeira mundial.
Num outro dia, talvez, eu terminasse este post com uma mensagem de esperança, hoje está difícil. Lamento.
Sinto que preciso me reequilibrar internamente para seguir em frente com menos desgaste e sofrimento. Entre as medidas de ordem prática, pretendo retomar algum tipo de exercício físico (que me faz bem à alma) esta semana: não sei se retomo as aulas de yoga, volto pra academia, mudo pra natação ou pra hidroginástica.
Em meio a essa onda de angústia, vou à copa da instituição onde trabalho para tomar um cappucino e pego a edição de A Gazeta de domingo para ler. Fico sabendo que oficiais da PMs de Mato Grosso, investigados e presos pela Polícia Federal, tinham uma fortuna incompatível com o vencimento de seus cargos graças à troca de "serviços". Entre outras coisas descritas na reportagem, eles simulavam uma invasão a alguma propriedade rural para cobrar pelos serviços de expulsão dos supostos invasores. Ah, li também sobra a morte de um adolescente de 15 anos a facadas em consequência de uma briga com outro adolescente por motivos "fúteis" (o assassino começou a perseguir o outro porque este teria mexido com a sua namorada). Parei de ler o jornal, invadida por uma sensação de angústia ainda maior.
O que fazer da minha vida? O que ensinar às minhas filhas? O que esperar desse mundo tão louco onde a vida vale tão pouco, a impunidade é enorme e onde quem deveria proteger a população agride, rouba e lança mão de seu poder para transgredir a lei?
Antes que alguém me diga "mas eles estão presos", eu pergunto: "E quantos como eles continuam soltos?" ou "Até quando?" ou ainda "E quanto às suas vítimas?"
Leio no mesmo jornal uma reportagem sobre sofrimentos psicológicos impostos a crianças por pais ou mâes (em geral, mães) que, por motivos pessoais, querem distanciar seus filhos do ex-cônjuge. Para isso, denigrem a imagem do pai (ou da mãe), chegando a acusá-los de abuso sexual.
Volto para minha sala e descubro em OFiltro (www.colunas,epoca.com.oglobo.com/ofiltro) que a ONU estima que o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia (cerca de R$ 2,40) no mundo deverá aumentar para cerca de 90 milhões até o final deste ano em consequência da crise financeira mundial.
Num outro dia, talvez, eu terminasse este post com uma mensagem de esperança, hoje está difícil. Lamento.
2 comentários:
Gostaria de receber uma mensagem de esperança, vinda não sei de onde. Tenho certeza de que não virá dos jornais... Gostaria tb de ter respostas para todas as suas perguntas, mas só tenho para uma delas: esse "porque" se escreve junto. Por quê?...
Enquanto não temos as outras respostas, podemos tomar um cappuccino, ou uma caipirinha, ou citar Bandeira: "A única coisa a fazer é tocar um tango argentino". Bjs.
É isso aí. Nada como um dia depois do outro dia, né mesmo?
Pelo menos, a minha eterna dúvida em relação ao "porque" me garantiu a chance de uma boa risada.
Bjs
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