quarta-feira, 29 de julho de 2009

A prefeita

Hoje, de manhã, encontrei no caixa do supermercado uma ex-colega de "malhação". Quase não a reconheci e ela, muito simpática, contou-me que não estava malhando mais na academia porque quase não está parando em Cuiabá: virou prefeita. Achei muito divertida a ideia de ver minha companheira de aulas de jump e step na administração de sua cidade, Alto Paraguai - um daqueles municípios que mesmo quem mora em Mato Grosso e lida com a informação como eu pouco conhece.
Vou ao google e consigo poucas informações sobre Alto Paraguai. Descubro que tem cerca de 10 mil habitantes e está situado a pouco mais de 210 km de Cuiabá. Sua história está ligada ao garimpo, o que indica que deve estar entre os municípios mais pobres e devastados de Mato Grosso.
Não existe um Mato Grosso, nem poderia haver, num estado com uma área tão grande (é o terceiro maior do Brasil). E é isso que me encanta - e, às vezes, me desencanta - no estado em que nasci e voltei a viver por opção ou destino (ou ambos): a diversidade de paisagens, culturas, gente e, por outro lado, a imensa desigualdade social. Mas não deixa de ser uma terra de oportunidades (muitas vezes, aproveitadas pelos oportunistas de plantão).
A propósito, minha colega de ginástica foi eleita depois que o primeiro colocado foi cassado sob acusação de compra de votos. Tomara que ela utilize sua disposição física para trazer algo de bom para sua comunidade e sua simpatia para conseguir acordos que tragam melhorias para todos e não apenas para um determinado grupo político.

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