quarta-feira, 8 de julho de 2009

Som e fúria

Qualquer semelhança com a minissérie que começou ontem na Rede Globo (não) é mera coincidência. Na verdade, minha intenção aqui é comentar o livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", de autoria de Nélson Motta (Editora Objetiva - 2007).
A propósito, achei interessante o primeiro epísódio da minissérie, embora um pouco confuso. Não sei se estou ficando burra, mas não consegui entender a personagem da atriz Regina Casé e, particularmente, tenho alguma resistência a Felipe Camargo como ator.
A lembrança mais forte que me trazem as palavras "som e fúria" é em relação ao desespero do rei Macbeth, na tragédia homônima de William Shakespeare.
Life’s but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage,
And then is heard no more. It is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.
Após a morte da Lady Macbeth, Lord Macbeth, desesperado, diz que a vida é como um conto contado por um idiota, cheio de som e fúria, mas que nada significa.
Acabei de descobrir que "Sound and fury" é também o título de um romance do escritor norte-americano William Faulkner, publicado em 1929, em que ele utiliza a técnica narrativa denominada "fluxo da consciência", que já tinha sido utilizada com sucesso por autores europeus como James Joyce e Virginia Woolf.
Acabei não comentando o livro (o do Nélson Motta) mais uma vez e descobrindo que devo evitar a dobradinha "som e fúria", pois já está muito manjada.

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