terça-feira, 7 de julho de 2009

Arroubos de humanidade

Sabe aquele velho ditado que diz "Nada como um dia após o outro dia "? Pois é ... Hoje estou bem menos angustiada do que ontem e vim pensando no caminho pro trabalho sobre as pessoas que vêem em mim "um exemplo de equilíbrio". Vai ver que sou, né?
Só que cansa essa história de ser boazinha, equilibrada, a boa aluna, aquela que não falha, que não desaponta ninguém, que sempre sabe entender o lado do outro e está sempre disposta a perdoar. E nem sempre é reconhecida por isso.
Neste fim de semana, sem entrar em detalhes, tive uma crise relacionada a isso: a mistura do livro sobre Tim Maia (Som e fúria) de Nèlson Motta com alguns acontecimentos pessoais provocou uma espécie de curto-circuito interno sem maiores danos (ainda bem!) Por algumas horas, eu deixei de lado a razão e deixei o coração falar, com a raiva, dor e tristeza que vem juntos.
Naturalmente o meu super ego estava atento e me deixou cheia de culpa e remorso, afinal, raiva não é um sentimento digno de uma "moça" comportada e politicamente correta.
Decidamente, não é fácil viver e nem sempre é possível agradar a todos. Mas sabe de uma coisa,? Eu preciso aceitar que nunca fui e nunca serei santa, e tenho que ser mais complacente com meus arroubos de humanidade.

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