terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Onde está Neca?

Hoje, quando saía para o trabalho na Entrelinhas Editora, acabei me envolvendo num episódio inusitado. Logo que deixei a garagem do meu prédio vi um cachorro andando na direção contrária dos carros e um homem que tentava pegá-lo. Quando dei a volta no quarteirão para seguir meu caminho encontei novamente o rapaz e lhe perguntei sobre o cachorro. Acabei pegando seu celular para ligar caso eu visse o cão pelo caminho.
Não é que o encontrei uns três quarteirões adiantes! Liguei no celular do cara (que eu memorizei), desci do carro (era uma rua vazia) e fiquei esperando por ele perto do animal, que estava deitado, de língua de fora.
O moço chegou, agradeceu minha ajuda e me contou que a cadela, Neca, tinha fugido quando ele foi levá-la num pet shop na minha rua. Ele me disse também que nem ia deixar que ela o visse para não fugir novamente. Achei estranho e perguntei se eles tinham transporte. Ele respondeu que alguém vinha encontrá-lo.
Fui embora me sentido feliz como uma bandeirante (escoteiro de saia) que tinha acabado de fazer a boa ação do dia. Para minha decepção, minutos depois voltei a me deparar com Neca que, desta vez, fugia do rapaz do pet shop que a seguia numa moto. Pensei em ajudar, mas constatei minha impotência diante da situação e segui meu caminho, deixando Neca e seu "algoz" ou "protetor" brincando de pega-pega na Rua 8 de Abril (a rua do canal).
Fiquei com tanta peninha dela. Tive vontade de confortá-la, afagá-la, protegê-la como fazia com meus cães em Cáceres. Mas, tive que ser pragmática  e continuo me perguntando: onde está Neca agora? Por que ela tem tanto medo de pet shop? Como é a relação dela com seu dono?
Como fiquei com celular dele, fico tentada a ligar para saber a resposta para a primeira pergunta.

3 comentários:

Unknown disse...

Adoro as pessoas com o gênio da Neca, que fogem de escolas, instituições e banhos obrigatórios.

Martha disse...

Neca, a rebelde ... Ponto de vista interessante!

Martha disse...

Esqueci de comentar que no caso de Neca, tem um componente meio suicida, já que, segundo seu dono, ela estava indo ao pet shop para consultar o veterinário.