segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O filme da minha vida

Hoje, enquanto nadava, eu me senti a pessoa mais feliz do mundo. E olhe que quase não fui à aula movida pelo medo da chuva (que não caiu) e pela pressão de escrever uma matéria para a revista com a qual colaboro (escrevi assim que cheguei da academia).
Cheguei a ficar na dúvida por alguns minutos se fazia aula de hidrobike ou nadava simplesmente. Optei por nadar. Ainda bem. Hoje a música das aulas de hidro não estava tão alta e foi muito gostoso ver o sol se insinuando entre as nuvens e iluminando o fundo da piscina aos poucos.
Eu me imaginei por alguns segundos nadando em alto mar. Acho o máximo nadar no mar, além das arrebentações, mas não sei se teria coragem para tanto. Eu me lembro com inveja da personagem principal do filme "Bossa nova", que nadava na praia do Arpoador no Rio.
Quando estou nadando acho que terei energia e disposição suficientes para mudar o filme da minha vida.
Já disse e repito: acho que estou fazendo menos do que poderia fazer, estou subaproveitada profissionalmente e como pessoa.
Estou disposta a lutar por um pouco mais de emoção. Não sonho com um "final feliz"... Mentira, sonho sim: só que meu "final feliz" passa pela sensação de plenitude, de conseguir ter uma existência mais plena, intensa.
A minha vida já teve algumas guinadas cinematográficas, alguns episódios dignos dos melhores romances, porém tem andado meio morna ultimamente. Coisas da meia idade? Hum, não creio.
Acho que é mais uma coisa de uma pessoa que andou meio que pendurado as chuteiras, aceitando mui passivamente os padrões e restrições de uma sociedade míope e ainda muito machista.

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