terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Do meu baú ...

Preciso escrever um texto sobre Cáceres, mas resisto. Já escrevi tanto sobre as maravilhas de Cáceres, nos três ou quatro anos que trabalhei na Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur), mas, sei lá, não consigo me inspirar para repetir a dose neste momento.
Naquele tempo, eu não tinha blog e a internet funcionava mal e porcamente.
Era divertido trabalhar na Sematur, numa chácara que tinha pertencido ao norte-americano Alexander Daveron.
De vez em quando, apareciam turistas para vistar o local e eu era uma das pessoas escaladas para recepcioná-los e contar a história do Daveron. Como eu adorava fazer isso! De tanto repetir a história, senti a necessidade de resumi-la num folder, que a então secretária, minha queridíssima amiga Yèda Marli, mandou imprimir.
Teve um dia que um amigo que trabalhava comigo me convidou para dar uma volta na canoa que pertenceu ao Daveron na baía que se formava atrás da sede da Sematuir no tempo das águas. Que sacrilégio! Morri de medo da canoa - no estilo "O último dos moicanos" - não aguentar nosso peso e afundar. Pena que não tiramos fotos para guardar a cena para a posteridade.
Mas nem sempre era assim tão calmo nosso expediente. Havia temporadas em que o trabalho apertava tanto que eu tinha vontade de sumir! Sabe quando você tem tanta coisa para fazer que não sabe por onde começar? Isso acontecia nas proximidades do Festival Internacional de Pesca (FIP), um evento-monstro que organizávamos anualmente.
Fui muito feliz na Sematur e tenho boas lembranças dos momentos vividos lá e, principalmente, de algumas pessoas (muito queridas) que conheci lá. Não tenho saudades dos mosquitos, que, às vezes, pareciam querer nos carregar. Também não tenho saudades do calor que fazia em determinadas épocas e que os aparelhos de ar condicionado meio precários não conseguiam aplacar.
Minha cadela Dama está enterrada no quintal da Sematur: ela morreu atropelada e, como eu não sabia o que fazer com o corpo e morava perto de lá, pedi a sr. Pio, o caseiro, para enterrá-la. As pessoas que visitam a Sematur provavelmente continuam conhecendo o túmulo do Daveron, que lá está enterrado, mas ninguém sabe que a minha Dama - uma vira-lata que vivia se engalfinhando com sua irmã, Flor - também está enterrada naquele lugar.
Pena que não fui lá da última vez que visitei Cáceres.

2 comentários:

Terezinha disse...

Agora seus leitores estão curiosos! Qual é a história do Daveron?

Martha disse...

Vou pegar meu folder em casa (um exemplar que guardei para a posteridade) e compartilhar no blog algumas informações mais importantes. Talvez não tenha tempo para fazer isso hj, mas prometo que vou fazê-lo ...