segunda-feira, 25 de julho de 2011

Violências

A semana começou boa (para mim) dentro da água fria da piscina do Golfinho Azul. Não cheguei a nadar tudo que pretendia porque tive caimbra na batata da perna esquerda (na panturrilha). Gente, como é ruim ter caimbra! Na quarta, tive caimbra nos dois pés de uma só vez. Hoje, tudo parecia bem, quando já no finalzinho da aula batou essa caimbra em uma das pernas. Esperei um pouco para ver se a dor passava, mas o jeito foi voltar para a parte mais rasa da piscina fazendo só a braçada do nado de peito, sem mexer as pernas. Assim que saí da piscina, passou.
Nessas horas, sempre penso em alguém tendo caimbra em alto mar. Jamais nadaria em alto mar sem ter um apoio por perto, embora ache que nadar no mar deve ser uma das sensações mais incríveis do mundo.
Meu fim de semana foi muito bom, embora assustado com as notícias que todos vocês já sabem.
Na sexta, eu reclamava da violência em Cuiabá, mas o que dizer da violência na Noruega? É estranho, em países bem mais calmos que o Brasil geralmente a violência vem em doses cavalares, avassaladora, inexplicável.
Nenhum ato de violência encobre outro, portanto continuo preocupada com o não avanço nas investigações sobre a morte do jornalista Auro Ida e a falta de informações sobre o caso. Seja crime passional ou não, a sociedade não pode simplesmente aceitar esse estado omisso, em que a polícia não investiga, onde crimes permanecem sem solução. Os políticos - representantes do governo, deputados peso pesados, ex-presidente da OAB - vão ao velório do jornalista morto e se dizem pesarosos, mas e as respostas efetivas para um crime covarde que tem toda pinta de execução, quem vai dar?
Outra violência é a morte da cantora Amy Winehouse, aos 27 anos - a mesma idade fatal de tantos outros astros da música, que também fizeram história e se entregaram com vontade às drogas. É estranho isso: a gente sabe que muitos foram usuários de drogas pesadas e estão por aí contando suas histórias, aposentando-se como tios e vovôs do rock. Outros se afogaram na piscina, no próprio vômito ou se mataram de uma forma ainda mais direta.
O mundo das artes tem muitas histórias tristes como a de Amy. Há muitas outras histórias tristes por aí, que permanecem desconhecidas ou só aparecem em programas especiais sobre drogas.
Nunca fomos muito chegadas (Amy e eu), mas lamento sinceramente esse final prematuro, crivado de muito sofrimento, porque, na minha opinião, ninguém pode ser feliz ficando bêbado o tempo todo e se autodestruindo.

PS. Já ia me esquecendo de registrar aqui outra violência explícita: a execução a tiros do prefeito de Novo Santo Antônio, Valdenir Antônio da Silva.

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