quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tudo novo de novo

Os dias andam passando numa velocidade estonteante. Estamos quase em maio! Depois junho e pronto, lá se foi o primeiro semestre de mais um ano.
A semana mal começou e já estamos no meio dela. Hoje já é dia de ensaio do Madrigal do Avesso novamente, o que é ótimo, porém tudo isso dá uma sensação de vertigem, que às vezes é meio assustadora.
Nos últimos tempos se eu ficar duas semanas sem falar com alguém quando a gente se reencontrar muita coisa terá mudado. Em termos. As coisas mudam na superfície, mas na essência continuam na mesma.
Ontem, por exemplo, "pedi demissão" de um emprego que "foi meu" durante duas semanas. Os motivos não são segredo: adorei o trabalho, mas para levá-lo em frente com a dedicação necessária eu teria que ganhar o dobro e, sobretudo, receber o valor devido. Nessa altura do campeonato não dá para trabalhar sem dia para receber. Não consigo.
Ontem, antes de dormir, conversei bastante com uma amiga/sobrinha que mora nos EUA e me entende como poucos. Temos praticamente a mesma idade e muitos desejos e dificuldades em comum, embora sejamos muito diferentes, é claro. De qualquer maneira, ela me deu uns toques bacanas e a uma certa altura da conversa me questionou:
- O que você quer fazer?
Respondi meio sem pensar:
- Escrever.
- Escrever o que? - ela provocou.
Ainda não tenho essa resposta, mas essa reflexão me leva a um conselho de um consultor muito rico que entreouvi há dias num "Globo Repórter" sobre Cingapura.
- Qual a receita para ganhar dinheiro? - perguntou a repórter Glória Maria.
- Fazer o que você saber fazer melhor - respondeu o entrevistado, cujo nome não sei.
Sempre acreditei nisso. Ganhar dinheiro sem fazer o que gosta sempre me pareceu uma bobagem, mas ainda não sei se essa fórmula funciona comigo e, tampouco, tenho certeza sobre o que mais gosto de fazer e o que sei fazer melhor, embora tenha algumas pistas.

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