sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dois tempos

Hoje acordei desanimada. Vai saber o motivo! Temos sempre um montão de motivos para se animar ou entregar os pontos.  Às vezes um sonho ruim pode deixar a gente pra baixo sem mesmo nos lembrarmos dele ou então é um pensamento traiçoeiro que nos pega num momento de bobeira.
Acho que foi isso que aconteceu hoje. Aí pensei nas contas a pagar, em tudo que passei nos últimos anos e só consegui ver o lado negativo.
Passou ... Assim que cheguei em casa, depois de dar uma saída rápida, botei um CD maravilhoso: "três meninas do Brasil". Gravado ao vivo, o CD reúne as cantoras Jussara Silveira, Teresa Cristina e Rita Ribeiro, e me foi dado no domingo passado por minha amiga Mônica, que está sempre me surpreendendo com mimos do gênero. O repertório é incrível! Agora, por exemplo, estou ouvindo (pela segunda vez), "Para ver as meninas", de Paulinho da Viola, que é linda! Gostei especialmente da faixa "Menina amanhã de manhã", de Tom Zé e Perna Froes.
"Menina, amanhã de manhã
quando a gente acordar
quero te dizer
que a felicidade vai
desabar sobre os homens ..."
(Pausa para almoço e outras coisas)
De volta ao post, é claro que meu espírito mudou completamente e agora quero falar sobre uma reportagem à qual assisti no jornal da TVCA sobre um motorista que está com um baita tumor no braço, sofrendo com dores, mas não consegue se operar pelo SUS. Uma história comprida e complicada demais.
Fiquei morrendo de pena dele e me lembrei que fiquei muito bem impressionada com o Hospital de Câncer de Mato Grosso. Fiz uma matéria sobre o hospital para a revista Corpo e Arte, e visitei o estabelecimento em janeiro passado. Achei bacana! Na terça-feira, durante o lançamento da revista, que em sua última edição convida os clientes da Corpo e Arte a ajudar o hospital, conheci o atual presidente, Dr. Castilho. Ele me pareceu uma pessoa legal, um profissional competente, e disse que o hospital está equipado de forma a oferecer um tratamento semelhante ao que a presidenta (argh) Dilma recebeu no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Foi o que ele me disse.
Comentei que eu tinha gostado muito do Hospital de Câncer e da equipe com quem conversei, e acrescentei que esperava nunca precisar dos serviços do hospital, mas que ficava contente de saber que Mato Grosso tinha um serviço tão bom para oferecer à população, inclusive, por meio do SUS.
A reportagem da TV Centro América (afiliada Globo local) não mencionou o Hospital de Câncer e sinceramente não sei como funciona a política de encaminhamento de pacientes para cirurgia (via SUS). De qualquer maneira fica o meu questionamento: será que o senhor da reportagem procurou o Hospital de Câncer? Como se explica alguém ficar tanto tempo com um tumor daqueles (com risco de perder o braço e a vida) se há um hospital de referência no estado?

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