terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cidades

Que estranha essa campanha para prefeito em Cuiabá! De dez em dez minutos sou obrigada a assistir na TV à mesma mensagem de um e outro candidato. Enche o saco! O pior é que não consigo acreditar em nenhum deles, embora tenha mais simpatia por um deles. O outro posa de bom moço, diz que vai resolver os problemas da saúde na cidade, mas sinceramente eu não acredito. Primeiro porque não é fácil. Segundo porque não acho que ele se importe depois de eleito com as dores das pessoas que não tem grana para pagar um médico particular ou um convênio de saúde. E terceiro porque não acho que ele seja um cara de bom coração. Que bobagem, ? Achar que as pessoas podem chegar ao poder e fazer o que coração delas manda ??? Se pelo menos os administradores municipais pensassem um pouquinho no bem comum, em realmente oferecer uma cidade mais humana para a maioria de seus moradores, já seria muito bom.
Hoje, no fim da tarde, fiquei pensando: que diacho de instinto faz com que a gente opte por morar numa capital? Eu morava numa cidade com cerca de 75 mil habitantes, onde não tinha trânsito, engarrafamento e esbarrava o tempo todo em pessoas conhecidas e/ou amigas, que sabiam quase tudo sobre minha vida. Deixei essa cidade para trás e me mudei para a capital de Mato Grosso. Encontrei boa parte do que procurava: melhor opção de trabalho, melhor estudo para minhas filhas, mais opção de lazer para mim (para elas também, embora ainda achem mais divertidos os fins de semanas em Cáceres). Eu me livrei daquilo que a minha boa amiga Cynthia, do alto de sua experiência, classificou de "controle social": todo mundo sabe de quem você foi mulher, onde trabalha, é gente de quem, saiu com quem, etc.
O controle em Cuiabá é bem mais diluído, embora seja impossível ir a qualquer lugar sem conhecer um monte de gente. Mas, pelo menos, aparentemente, tudo mundo é um pouco mais liberal, desligado.
E a essência de tudo isso, onde está? Sigo buscando.
Tem duas coisas que Cuiabá me deu que eu amo de paixão: a possibilidade de convívio com o samba (vocês não fazem idéia de como eu amo o samba) e de cantar num coral.

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