quinta-feira, 19 de maio de 2011

Meu vício

Acabei de responder ao email de uma amiga que me pediu informações sobre o lugar onde pratico yoga. Disse a ela que vai se viciar como eu.
Estou viciada em praticar yoga. Às vezes, diante das dificuldades de grana, penso em dar um tempo, mas não tenho coragem. Pago R$ 100 por duas aulas semanais e acho que vale mais a pena abrir mão de outras coisas (como uma roupa nova, uma refeição mais cara, etc).
Conheci a yoga aos 17 anos, no Rio de Janeiro, e me apaixonei. Minha primeira professora dava aulas no clube Fluminense. Não me recordo seu nome, mas me lembro com prazer do meu primeiro contato com as posturas. Depois comecei a frequentar a academia do mestre De Rose, que, na época, funcionava numas salinhas no Centro Comercial de Copacabana. Era tão gostoso! Eu saia super relaxada, comprava um pão integral quentinho numa loja macrô que tinha no prédio e ia para casa, no Flamengo, super feliz mordiscando meu pão quentinho no ônibus.
O ano seguinte foi de pré-vestibular e acabei saindo do De Rose, que se tornaria famoso nas décadas seguintes. Nunca mais fiquei sem fazer algum tipo de exercício: fiz natação, ginástica, jazz, outros tipo de dança, etc, dependendo do que tinha disponível e do meu estado de espírito.
Em 2008, voltei a praticar yoga e me sinto muito bem. De vez em quando penso em substituir a prática por aulas de ginástica numa academia convencional (o  ideal seria fazer os dois, mas a grana é curta), mas não consigo.
Realmente, eu me viciei na prática. É tão prazeroso chegar no lugar onde  tenho aulas, Yoga Clássico, no Bosque da Saúde! Parece que a gente está fora desse mundo. O ambiente é calmo, perfumado, todo mundo é gentil, a sala de aula é meio escurinha, tem sempre uma música suave de fundo. Grande parte da prática é feita de olhos fechados, mas quando abro os olhos para fazer as posturas de equilíbrio ou para ver alguma instrução da Viviane ou do Juliano, sou sempre surpreendida pela beleza do local. Tem uma espécie de jardim de inverno onde os professores acendem umas luminárias com velas. Fica muito bonito.
É claro que muitos pensamentos me ocorrem durante a prática. É difícil abandonar totalmente as preocupações e os compromissos de fora, mas esse é o objetivo: se ligar apenas no aqui e agora, manter a mente serena. Tem dias que choro durante a prática, silenciosamente as lágrimas escorrem no meu rosto, mas acho que ninguém chega a perceber. Tem dias que sorrio discretamente.
Praticar yoga é uma espécie de terapia, de oração. Não faz mal a ninguém e só me faz bem. Hoje tenho prática e isso já é um motivo de felicidade para mim. Não consigo imaginar minha vida sem a yoga hoje. Os instrutores dizem para a gente praticar em casa. Até faço algumas posturas e respirações sozinha (principalmente quando estou viajando), mas não é a mesma coisa. É difícil tirar uma hora sem qualquer interrupção do mundo exterior. Controlar a ansiedade não é uma tarefa fácil.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi martha gostei do seu texto sobre o yoga, as vezes eu fico emocionada também, mas é uma das fases da prática (eu acho!). Eu faço yoga com a viviane desde de 2008, e eu sempre fico pensando como eles têm muito cuidado com o local, está sempre limpo, bonito, e aquele jardim agora com as velas, ficou muito lindo, as vezes até distrai da pratica. Gostei muito dos seus outros textos também.
abraços
Geane Brizzola

Martha disse...

Obrigada, Geane, pela visita e pelos elogios!

Rose Domingues disse...

Martha, eu realmente me impressionei com a yoga, com o espaço, com a Viviane e com o cheiro. Eu sou ligada aos cheiros e quando adentrei a sala senti como se um aroma de outro mundo estivesse invadindo todo o meu ser. O lugar não é chique, nem grande, mas é perfeito, sei lá, as energias ali são boas. Já venho treinando meditação sozinha há algum tempo, fiz um curso da Pró-vida (e vou refazê-lo agora em julho) e percebo minha evolução nessa caminhada de me conhecer, de acalmar meu cérebro e manter minhas emoções mais equilibradas. Eu tb não estou bem de grana, mas vou dar um jeito (risos). Depois te conta da minha evolução na yoga. Sou uma pessoa desde pequena MUITO ELÉTRICA, totalmente ligada na tomada, vamos ver como eu me saio nesta nova fase da minha vida. bjos, obrigada pelas indicações!