terça-feira, 12 de outubro de 2010

Papai Noel existe

O Natal chegou mais cedo na minha casa este ano. Papai Noel passou ontem de manhã e eu lhe pedi um emprego.
Desculpe, mas eu não podia perder essa piada. Os fatos são verdadeiros, eu não estou louca (a esse ponto), mas ...
Graças a meu livro,"Cantos de amor e saudade - a história de Cáceres contada através das lembranças de vó Estella" (Editora Entrelinhas - 2005), conheci um cara muito legal, Clovis Matos, que faz muitas coisas, entre elas, desempenha o papel de Papai Noel num shopping center de Cuiabá há anos. Como meu blog não é lido por crianças abaixo de 8 anos (acredito), posso cometer essa indiscrição.
Clovis é a cara do Papai Noel: robusto, aspecto saudável, cabelos brancos e uma barba branca imensa, que ele cultiva apesar do calor da capital mato-grossense.
Ao longo dos anos descobri outros atributos de Clovis: ele desenvolve um projeto de inclusão literária (foi daí que surgiu nosso contato) e recentemente inventou um projeto de leitura em pontos de ônibus, que comentei neste blog.
Ontem ele veio aqui em casa pegar um monitor e uma CPU. Faz alguns meses que eu tinha aposentado os dois porque minhas filhas ganharam equipamentos mais novos e potentes da avó. Eu queria vendê-los, porém o rapaz que cuida dos meus computadores (meu assessor para assuntos de informática) foi taxativo: "Doe que é melhor. Equipamento velho não vale nada". Doar para quem?
 De repente, recebo um email do Clovis no domingo à noite perguntando se alguém tinha um monitor para doar a um hospital da cidade. A proposta da pessoa responsável por essa iniciativa (de recuperar computadores antigos) é "montar um espaço de entretenimento para pacientes adultos" e também doar para crianças com problemas renais que fazem diálise (elas não podem brincar livremente como as outras).
Pronto, juntou a fome com a vontade de comer. Respondi ao email imediatamente e ontem de manhã Clovis/Papai Noel já estava aqui em casa pegando os equipamentos (que estão em perfeito estado de funcionamento).
Enquanto ele aguardava o elevador, comentei que estava sem emprego. Afinal, ele circula bastante, tem muitos amigos, trabalha na UFMT e poderia saber de alguma coisa.
É essa a história. Espero que Clovis não se zangue com o fato de contá-la. Acredito que não. É só uma forma de divulgar que existem pessoas empenhadas em fazer aquele algo a mais para tornar o mundo um pouco melhor. Papai Noel existe!

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