Passei assoviando pelo corredor do meu local de trabalho e alguém me perguntou se eu estava feliz. Feliz, eu? Não exatamente. É engraçado isso: não assovio apenas quando estou feliz e relaxada. Mas estou longe de estar infeliz. Continuo ciente de que 2008 foi um ano de muitos progressos e mudanças positivas na minha vida. Termino o ano com saúde (aparentemente) e bem mais em paz comigo mesma.
Venci alguns desafios e me sinto mais forte que há um ano.
O que falta? Muita coisa, mas principalmente a capacidade de encarar e administrar melhor as diferenças, os conflitos em potencial. Como sou muito exigente comigo mesma, tendo a ser assim com as outras pessoas e vou da extrema admiração (cada vez menos, é verdade) a um certo grau de desprezo e irritabilidade com muita facilidade.
Como é difícil viver em sociedade. Tem horas que dá vontade de ter coragem de se isolar do mundo e viver como ermitã. Não, não tenho vocação para isso: gosto de conversar, dançar, namorar, cantar em grupo, embora também aprecie bastante a minha companhia.
Para não ficar só no meu umbigo, gostaria de comentar o resultado de uma pesquisa que li em OFiltro: 43% dos brasileiros entrevistados concordam com a máxima "bandido bom é bandido morto". É engraçado que hoje vim para o serviço pensando numa notícia que li num jornal local sobre um pai preso após abusar sexualmente de um casal de filhos (de 9 e 6 anos). Minha primeira reação foi "Esse cara tinha que morrer. Fazer uma coisa dessas com seus próprios filhos, duas crianças!" Mas depois imaginei que um monstro desses deve ter passado por algum trauma para fazer isso e, portanto, merece tratamento.
Enfim, continuo discordando que "bandido bom é bandido morto". Até porque se essa máxima for levada ao pé da letra, quem vai sobrar? Não sou religiosa, mas me pergunto quem são os puros para julgar os demais e jogar a primeira pedra?
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