Hoje acordei feliz demais. Pensei no caminho: estou com saúde, não estou com dinheiro sobrando, mas estou melhor do que estava no ano passado; tenho filhas maravilhosas, amigos e família que, mesmo a distância, dá uma força legal; tive um fim de semana excepcionalmente bom ...
É engraçado, sempre que me sinto feliz me dá uma pontinha de aperto no coração. Culpa? Medo de acontecer alguma coisa ruim e virar minha sorte? É uma coisa antiga que trago desde pequena.
Por que será que a gente complica tanto a vida, né?
Hoje acordei pensando como seria minha vida se ela fosse um musical, daqueles em que sem mais nem menos alguém começa a cantar. Sempre gostei de musicais. Basta dizer que um dos meus filmes preferidos é "A noviça rebelde", que não me canso de ver/ouvir. Gosto muito também de "Cantando na chuva", "Moulin Rouge", "Cabaret", "Fantasia" e "Mary Poppins", entre outros.
Ontem assisti a "Across the universe", cuja estréia me passou despercebida (agradeço a dica ao blog tendenciasa do jornalista Elton Rivas). Embora a trilha seja maravilhosa (Beatles, Beatles e Beatles), o filme não chega a ser inesquecível. A história está longe de ser original e falta um pouco de carisma aos personagens. Além do mais, a mistura história normal com musical viajado não ficou bem resolvida. Tem horas que os personagens cantam demais, tem horas em que cantam de menos.
Mas fica a pergunta, se minha vida fosse um musical, qual seria a trilha? Muito Chico Buarque, com certeza, mas haveria espaço para tudo: música erudita (O Guarani, de Carlos Gomes, cujos acordes iniciais me remetem à infância), bossa nova, marchinhas de carnaval, sambas do Cacique de Ramos, samba-enredo, Gismonti, Mílton, Caetano, Gil, Gonzaguinha, Rita Lee, Lulu Santos, blues, jazz, música instrumental, Beatles e samba, muito samba.
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