quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O triste fim de Marcelo Silva

Que os meus diletos leitores me desculpem, mas não posso deixar de comentar o caso do ex-marido da atriz Suzana Vieira, por ser tão emblemático de nossa sociedade atual. Peço desculpas também ao escritor Lima Barreto por pegar emprestado o título do seu livro mais famoso.
É lugar comum dizer que vivemos numa sociedade enlouquecida, onde, por exemplo, a polícia que deveria proteger mata e tortura. Vejamos três casos que estão na mídia hoje: o do torcedor do São Paulo, assassinado por um tiro de um PM em Brasília (hoje li declarações do advogado do PM que diz que seu cliente está "em estado de choque". Por que será que todo PM fica em estado de choque quando mata alguém? Matar e morrer parece tão banal na vida deles...); o dos PMs presos sob acusação de terem torturado uma equipe do jornal "O Dia" no Rio de Janeiro, e dos PMs absolvidos pela morte do menino João Roberto também no Rio. Que polícia é essa que chega atirando num carro de uma mulher e duas crianças? Que razões justificam a absolvição desse PM despreparado? Ele vai continuar em serviço matando quem deveria proteger?
Finalmente, volto ao ponto de partida. O ex-marido de Suzana Vieira, por acaso (?), também é ex-PM, mas encontrou boa vida ao lado da atriz, que ocupou páginas e páginas de revistas de celebridades ao lado do "grande amor" que a traiu publicamente, foi perdoado, traiu novamente e sei lá mais o que aprontou. (Só leio esse tipo de revista quando vou ao salão fazer minhas unhas, uma vez a cada 15 dias). No último escândalo, o cara espancou a amante que tornou público o caso deles, mas foi perdoado pela namorada/amante/idiota, que passou a circular com ele por locais públicos e aparecer nas revistas e sites.
Final feliz para os pombinhos? Nada isso: uns 20 dias depois de toda essa baboseira, o cara morre aparentemente de overdose de cocaína dentro de um carro sozinho (?). Que final mais lamentável! Dispensa comentários.

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