terça-feira, 10 de junho de 2008

A arte de rir

Sempre admirei as pessoas que riem fácil. Na semana passada fiquei fascinada por um pesquisador da Unesp/campus de Botucatu que intermeou sua palestra sobre um assunto sério (uma praga que dá nas principais lavouras) com gargalhadas contagiantes.
Não sou de riso fácil. Muitas pessoas me consideram muito séria. Na verdade, na minha família ninguém é dado a risadas, no máximo sorrimos discretamente quando achamos graça em alguma coisa (e não é qualquer coisa que nos faz rir). É como se rir demais fosse coisa de gente boba ou de hienas que, segundo as más línguas, riem depois de comer qualquer porcaria.
Eu me lembro de rir muito em alguns filmes quando era adolescente. Acho que "O convidado bem trapalhão" (The party), um filme com o ator inglês Peter Sellers, foi um dos mais engraçados que vi até hoje, mas ri muito também em filmes de Carlitos e dos Irmãos Marx. Gostaria de rever alguns deles para saber se mantive a minha capacidade de rir.
Por que estou falando tudo isso? Porque li tantas notícias ruins nos jornais de hoje que caí naquele dilema de sempre: é possível ser feliz neste mundo? Ao mesmo tempo penso nas minhas filhas (que estão sempre risonhas), no meu coral e fico com vontade de sorrir. Até a aproximação do meu aniversário me faz feliz. Afinal, não é todo mundo que chega aos 52 anos com tanta vontade de viver e tão cheia de dúvidas na cabeça.

4 comentários:

Jornalista na Itália, que mudou para a Inglaterra disse...

Se rir é coisa de bobo, então eu me considero um. Oh coisa boa dar umas boas gargalhadas. É quase tão bom quanto o sexo, mas com a vantagem de às vezes ser um ato mais puro. Dizem que rir rejuvenesce.
Pois o teu níver tá chegando hein. Admiro essa tua vontade de viver e de aprender.

Martha disse...

Obrigada, amigo. Estou com saudade de suas risadas e do barulho que você fazia na redação de Produtor Rural, tão quieta agora que o Sérgio outro dia comparou-a a uma igreja ...

Jane disse...

Não exagere! Já demos muitas e boas gargalhadas juntas.Em outra ocasião,vou lhe refrescar a memória...Bj.

Martha disse...

É verdade! A memória às vezes nos prega peças.