terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Grande Encontro

Estou a apenas quatro dias do Encontro da Família Baptista, que começou a ser gestado há uns três anos (ou mais), quando um sobrinho que mora em Brasília cirou uma comunidade com os nomes de meus pais no Orkut. Na época, minha filha mais velha sugeriu que organizássemos um encontro da família, mas a ideia não avançou.
Este ano, tive a iniciativa de criar um grupo da família no Facebook e. por vários motivos, a proposta do encontro prosperou. Talvez ela tenha sido amadurecida nesse tempo ou talvez seja apenas o momento certo da coisa acontecer. Não temos astrólogos na família, mas quem sabe se tivéssemos ele (ou ela) diria que estamos na confluência de Marte com Vênus (sei lá se isso é possível) e todos os astros e planetas estão corroborando para que esse encontro aconteça.
Confesso que fico com um friozinho na barriga. E se a gente se frustrar? Se não valer a pena todo investimento (emocional, financeiro)?
É impossível: vamos (re) encontrar um monte de gente, conhecer membros da família que só conhecemos por fotos, tirar mil fotos que ficarão de lembranças para sempre e inspirarão as novas gerações que estão chegando.
Teremos herdeiros de Júlio e Nilzalina (meus pais), com idade de 1 ano a 88 anos! Vamos comer, beber, rir, dançar e talvez até chorar juntos. Mas que dá um friozinho na barriga dá ....
Para mim, este evento vai ter um gosto de Natal, Ano Novo, enfim, será uma grande festa e acho que o tempo não será suficiente para pôr as conversas em dia e matar as saudades.
Estarão presentes todas as minhas seis irmãs, uma cunhada (viúva do meu irmão), dois cunhados (os outros já faleceram), uma penca de sobrinhos, sobrinhos netos e bisnetos, e mais um monte de agregados (apelidados carinhosamente de "parênteses" por estarem literalmente entre parênteses num cartão enviado pela família a um membro ausente num Natal do passado).
Fico meio angustiada diante de encontro familiares. Sei lá, acho que bate uma angústia meio infantil de quando eu era muito retraída e achava que não tinha nada a dizer de interessante para as pessoas. Quando encontrava meus sobrinhos vindos de Mato Grosso cheios de energia e atitude, e eu me sentia a tia (embora tivesse a mesma idade que eles) perdida entre o desejo de ser criança e a responsabilidade de pertencer à classe dos mais velhos.
O encontro acontecerá em Campo Grande por razões estratégicas e decisão da maioria.
Tomara que seja bastante bom para que outros aconteçam. Já estou com saudades.

3 comentários:

Dete disse...

Estou muito, mas muito triste por não poder ir a esse encontro que, tenho certeza, será emocionante e inesquecível. Só espero que ele seja o primeiro de muitos e que faça com que a ala jovem da família forme novos laços, redescubra outros e entenda como é gostoso pertencer a essa família tão especial, cheia de escritores, artistas, pilotos, economistas, professores, donas de casa, viajantes, sonhadores e, acima de tudo, gente de verdade, com um coração de ouro.

Martha disse...

Que lindo, Dete! Vc sabe como vou sentir sua falta! Haverá outros!

Romildo Guerrante disse...

Espero que o encontro de sua família tenha sido ótimo. Aqui fizemos em junho, em Cambuci,RJ, origem de todos, o III Encontro da Família Guerrante. Promovido com recursos modestos, apesar disso é sempre gostoso o reencontro (e até mesmo para que conheçamos alguns personagens que são quase estranhos para nós). Música, um almoço, algumas palavras e ficamos muito mais felizes ao final. Espero que o de vocês também tenha sido assim.