quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fobias

Minha filha caçula me manda um torpedo de Jaboticabal (SP) dizendo: "Mãe, estou abrindo uma barata para analisar o sistema digestivo. Obs.: a barata veio do cemitério. Gostaria muito que vc estivesse junto comigo agora! Beijinhos!" 
Que meigo!
Essa mensagem é a prova inconteste de que fobias não são hereditárias. Minha mãe não tinha medo de barata. Tratava-as a chineladas. Eu tenho horror a baratas e minhas filhas não compartilham a minha fobia. Imagine se eu iria abrir uma barata para analisar o sistema digestivo dela! Não sabia que para estudar Agronomia precisava "abrir baratas".
Como não falei com minha filha ontem, não sei detalhes: como foi capturada a barata? Quem a matou?
Só sei que ela (minha filha) está organizando um insetário este semestre. Decididamente prefiro manter distância de insetos.
É engraçado: pererecas não me assustam. Anteontem mesmo, vi algo se movendo no banheiro da empresa onde trabalho e quando constatei que era uma perereca entrei numa boa. Se fosse uma barata ...
Nunca tentei descobrir o motivo do meu horror a baratas. É claro que isso me incomoda, mas convivo com ele há décadas.
Tenho um monte de histórias engraçadas (ou horríveis) para contar, dependendo do ponto de vista, e coleciono outras tantas. Geralmente quem tem medo de barata acaba ouvindo um monte de histórias por aí ...
Acho que vou morrer tendo medo de barata e, provavelmente, elas - é o que dizem os estudos - sobreviverão ainda por muitos e muitos anos.
Fico feliz e orgulhosa de saber que minha filha encara como curtição sua experiência de analisar o aparelho digestivo das baratas no laboratório da Unesp.  Se continuar na sequência, provavelmente a filha dela terá medo de barata como a avó.
Tomara que não!

Um comentário:

Anônimo disse...

Martha, machismos à parte, eu tenho pavor de barata e pererecas e mariposa e lagartixa... Em suma, um maricas rs