quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Balanço

Ontem, feriado de Sete de Setembro, tive um dia intenso e feliz junto a amigos do Madrigal do Avesso. Um almoço/jantar regado à piscina, cerveja e música de fundo da melhor qualidade: Mílton Nascimento (Clube de Esquina), Chico Buarque (Construção) e novos cantores, como Euterpe, cujo CD levei para mostrar a meus amigos madrigalescos.
Houve muitas conversas interessantes, mas num determinado momento alguém comentou sobre seu desejo de que sua filha seja um ser humano melhor, com hábitos mais saudáveis, inclusive.
Fiquei com isso na cabeça: seria tão simples se a humanidade toda pensasse assim, cada um tentando criar seres humanos melhores! 
Como considero difícil essa tarefa!
No turbilhão de emoções e pensamentos que surgiram dentro de mim, cheguei à conclusão de que minha principal tarefa até hoje foi a de educar dois seres humanos, que hoje caminham com suas próprias pernas. E eu me questiono sinceramente se dei o melhor de mim, se estava devidamente preparada para educá-los.
Sempre tive medo de ter filhos - acho que já disse isso aqui. E até uma certa fase da minha vida (20 e poucos anos) sequer sabia se queria tê-los, ao contrário de outras mulheres com quem compartilhei a adolescência. Achava que o mundo era muito hostil para que eu tivesse vontade de dar minha contribuição para a continuidade da humanidade.
Hoje curto a ideia de que dei minha contribuição (ainda que modesta, ainda que falha): tive minhas filhas que pela lei natural das coisas ainda estarão por aqui quando eu me for, plantei algumas árvores (pelo menos duas sei que estão lá, diante de minha casa em Cáceres) e escrevi livros, que também estão circulando por aí.


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