sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Geleia geral

Hoje meu assunto não pode ser outro a não ser a indecisão do STF sobre a Lei do Ficha Limpa. Seria cômico se não fosse sério. O jornal O Globo diz que o empate na análise do recurso de Joaquim Roriz deve permitir que candidatos "sub judice" disputem as próximas eleições.
Roriz já definiu sua estratégia e parece que vai renunciar em favor da mulher (que tem um nome estranhíssimo). Isso é palhaçada!
Eu me preocupo com os candidatos fichas sujas de Mato Grosso, especialmente, com o deputado cassado candidato à reeleição Pedro Henry.
O STF perdeu a chance de fazer história tomando uma decisão de fato e de direito como cabe a um órgão superior.
Hoje conversei sobre eleições com pessoas diversas e ouvi opiniões interessantes. Entre outras opiniões controversas, um professor universitário e pesquisador disse  que a  candidata Marina Silva é um "Bush de saias" e que não dá para confiar em alguém que é contra a pesquisa com células-tronco. Ele disse que até quer que o Pedro Taques se eleja senador para ver sua "máscara" cair. O professor é eleitor de Dilma, Silval para governador, e Blairo e Abicalil para senador.
Gostei muito de conversar com minha nova diarista - uma líder comunitária de um bairro da periferia de Cuiabá. Ela elogiou o trabalho do ex-prefeito Wilson Santos em sua comunidade, mas disse que acha que vai votar em Mauro Mendes. Ela concorda comigo: Wilson pisou feio na bola quando disse que concluiria seu segundo mandato na Prefeitura de Cuiabá, o que obviamente não fez.
A diarista também vai votar em Pedro Taques para o Senado e é fã do presidente Lula. Disse que seu filho conseguiu concluir um curso superior e perguntou: "Quando que um filho de uma pessoa como eu ia conseguir terminar a faculdade?" Mas reclamou que as casas construídas no programa de habitações populares do governo federal não são feitas para os pobres e sim para a classe média.
Enfim, minha conclusão (se é que posso chamar isso de conclusão) é que ninguém é tão ruim ou tão bom como insiste em mostrar a propaganda eleitoral. O professor universitário acredita que o Brasil está evoluindo politicamente e que uma evolução para valer depende de uma reforma política ampla. Será?
O fato é estou sentindo meus miolos cozinharem neste setembro 40 graus e juro que quanto mais ouço e leio, mais confusa fico. Acho que nunca fiquei tão indecisa às vésperas de uma eleição.

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