terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ao pé do ouvido

Hoje foi um dia estranho. Ou melhor, continua estranho. Houve um momento que quis atualizar o meu blog, mas estava com tanta calor que achei que não ia sair nada de bom, a não ser reclamações sobre o clima cuiabanao que já viraram lugar comum.
Não estou muito inspirada, mas queria registrar aqui o início do julgamento dos acusados pela morte do vendedor ambulante Reginaldo, que morreu no ano passado em consequência de uma sessão de espancamento no Shopping Goiabeiras. 
Os quatro acusados - todos seguranças do shopping na época - estão sendo julgados por júri popular. Hoje o noticiário da TV Centro América só mostrou trechos de depoimentos de algumas testemunhas: médicos que atenderam a vítima no Pronto Socorro, uma faxineira do shopping que lavou a sala suja de sangue, um dos PMs que foram chamados ao local e, estranhamente, algemou um cara grogue depois de tanta pancada e com nariz sangrando porque um segurança disse que "ele era agressivo e tinha tentando agredi-los com um estilete".
Acho a história toda muito triste e torço para que os acusados tenham uma punição exemplar, embora nada vá devolver a vida de Reginaldo, nem diminuir o sofrimento de sua família.
Na verdade, torço para que casos como esse não se repitam, embora eles ocorram - com maior ou menor gravidade - o tempo todo. Hoje mesmo li, incrédula, sobre a morte de uma menina de 5 anos no Rio de Janeiro, aparentemente vítima de maus tratos por parte do pai e da madrasta. Uma história tão estranha, testemunhada por uma mulher contratada para ser babá dela e de outras duas meninas.
Não me julgo melhor do que os outros, mais sou incapaz de fazer mal deliberadamente a uma pessoa, quanto mais a uma criança. Não falo de exageros do tipo criar uma lei proibindo a palmada. Qualquer um é capaz de perder a cabeça uma hora e dar umas palmadinhas num filho, mas como alguém é capaz de bater numa criança para machucar ou cometer outros tipos de violência psicológica?
Por isso fico imaginando que tipo de ser humano é capaz de  tanta maldade e se existe alguma justificativa para isso. Ou o mundo é  sórdido mesmo?

2 comentários:

Francisco disse...

As normas que regem uma ação correta,são acessiveis a razão,prescindindo do conteúdo da revelação.
S.Tomás de Aquino.

Martha disse...

Francisco, acho que São Tomás de Aquino é complexo demais para mim!
O que ele (ou você com sua citação) quis dizer exatamente?