Acabei de ler uma matéria muito bonita no jornal Diário de Cuiabá sobre um rapaz que se tornou pastor e é filho de uma deficiente mental que foi estuprada por cinco homens diferentes. É aquela coisa, a vida vai nos tornando céticos, porém pelo que a reportagem da jornalista Alecy Alves diz o rapaz, de 37 anos, usa a sua história para pregar a vida. E tem mais: ele cuida de sua mãe, hoje com 57 anos.
O caso de Paulo Marcos de Barros nos faz refletir, mas ainda acho que a pessoa que foi estuprada deve ter garantido o direito ao aborto. Nessa história, os avós de Paulo queriam que a filha abortasse, mas não conseguiram porque só descobriram a gravidez da filha quando já estava no quinto mês de gestação.
São mistérios dessa nossa vida tão cheia de mistérios. Uns nascem em famílias super amorosas e crescem revoltados, pouco agradecidos a pais e mães; outros nascem em circunstâncias tão desfavoráveis e se tornam criaturas do bem.
A esse propósito, gostaria de comentar o artigo de outro jornalista de Cuiabá, Onofre Ribeiro, escrito por ocasião do Dia das Mães, onde ele atribui parte da violência do mundo atual ao fato de muitas mães terem deixado de ser mães em tempo integral por terem saído para o mercado de trabalho. Eu entendi o ponto de vista dele (repetido em outro artigo veiculado ontem), mas fiquei morrendo de vontade de escrever uma réplica chamando à responsabilidade os homens.
Tem muita mulher que não merece ser mãe, mas acho que, sem querer, meu amigo Onofre acaba reforçando o machismo de nossa sociedade. Pai não é apenas aquele que entra com a genética na hora do acasalamento; ele tem que participar, não é mesmo?
Quantas mulheres dão duro o dia inteiro na rua, botam dinheiro em casa e ainda têm que aguentar a violência e a ignorância de seus parceiros?
Então, vamos combinar: parte da violência atual é fruto da desagregação da família, porém família significa pais e mães companheiros e igualmente responsáveis pelo sustento da casa e a educação dos filhos.
Um comentário:
é mistérios...
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