sábado, 30 de maio de 2009

Kalypso

Quero contar uma parte (tragi)cômica da minha cirurgia. Quando cheguei no centro cirúrgico do Hospital Santa Rosa, um dos maiores de Cuiabá, foi recebida pelo instrumentador Jean e pelo anestesista, um rapaz que me pareceu muito jovem (lembrem-se de que eu estava sem lentes de contato) e muito gentil. Mas o que mais me chamou atenção foi a música ambiente: estava tocando Kalypso! Na mesma hora, eu me senti à vontade para expor minha opinião. Eu não ia viver momentos tão decisivos da minha vida com esse som horroroso! O médico disse que eu mandava e só lamentou não saber trocar a estação (acho que era uma rádio interna, sei lá). Mas, depois o Jean veio e conseguiu colocar numa estação de MPB: tocou Jobim, Chico Buarque. Aquilo me fez muito bem e me ajudou a aguardar a chegada do meu médico, minutos que pareceram intermináveis ali deitada no centro cirúrgico prestes a entregar minha vida às mãos de outras pessoas.
Detalhe: como o médico demorou, mudou o plantão do anestesista e o rapaz simpático que tinha servido na Marinha em Ladário e conhecia minha cidade natal, Corumbá, me abandonou. Veio um outro que também parecia legal e fez as perguntas de praxe: "você é alérgica a algum medicamento? etc, etc" até que ... apaguei.

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