terça-feira, 31 de março de 2009

Quanto vale a vida humana? (parte 3)

Acabei de ouvir no telejornal Hoje que um suspeito de ter atirado na moça baleada durante o assalto no Rio foi preso. Morador de rua, desdentado, o homem (quantos anos teria? 20? 30?) nega o crime. No noticiário de TV, o apresentador voltou a dizer que ela morreu porque pediu seu crachá de estagiária e a Bíblia. O jornal, do mesmo grupo, desmente isso: ela teria recebido seu crachá e a Bíblia do assaltante, mas morreu porque tentou pegar sua bolsa quando esta caiu no chão.
É só um detalhe? Sim, se pensarmos que ela morreu por um motivo fútil. Por que esse ladrão tinha que atirar na nuca da vítima? Por que não atirou no braço ou na perna? Provavelmente porque foi um gesto irracional ou então porque tanto fazia mesmo já que a vida humana não vale grande coisa mesmo. E quanto vale a vida desse morador de rua do Centro do Rio? Provavelmente, nada, vide casos de outros moradores de rua com final trágico como o do sequestrador do ônibus 174, aquele que foi morto pela polícia no camburão depois de matar sua refém.

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