quinta-feira, 26 de março de 2009

Fluxo de consciência

Andei afastada do blog por falta de tempo. Mas, sempre se arranja tempo quando se quer ... Isso é verdade, em parte, mas, às vezes, à escassez de tempo somam-se outros fatores, como cansaço físico e mental, principalmente, mental.
Hoje, no caminho para o trabalho, pensei em várias coisas que gostaria de comentar. Como estou sem rádio no carro há tempos, quando dirijo eu canto ou então penso, nos problemas, nos posts que quero escrever ... Ah, também costumo pensar (ou cantar) durante o banho. São os momentos em que fico mais concentrada.
É curioso, há quase 53 anos convivo comigo mesma. Tirando os anos dos quais não guardo praticamente qualquer memória consciente, são praticamente 48 anos de convivência. Já era tempo da "gente" se conhecer melhor. Mesmo assim, de vez em quando, eu me surpreendo comigo mesma, como no dia em que assistia a uma sessão de cinema no Sesc Arsenal e interrompi meu amigo Diego Baraldi (o coordenador da mostra) para corrigi-lo. E o pior é que ele estava certo ... Estava vendo exibido "Todas as mulheres do mundo" de Domingos Oliveira, o filme que mais marcou a carreira da atriz Leila Diniz, e Diego disse que ela teve uma filha com o também cineasta Rui Guerra. Eu disse subitamente: "Não foi com Cacá Diegues?". Não, Martha, Cacá Diegues teve uma filha, Isabel, com a cantora Nara Leão, Rui Guerra foi casado com Leila antes de ter uma filha com a também atriz Cláudia Ohana. Justifiquei minha confusão dizendo que gosto muito das duas (Leila e Nara), mas morri de vergonha.
Acabei falando de um assunto que não estava no script. Será isso o tal fluxo da consciência? Enfim, o que eu queria dizer mesmo hoje é que cada vez sinto mais desprezo pelo noticiário político. Me desculpem os coleguinhas que cobrem o tal do jornalismo político, mas aqui em Mato Grosso o noticiário político é cheio de balões de ensaio, picuinhas, etc. Para mim, é o mesmo que ler "Caras" ou qualquer outra revista de Celebridades. A gente vê aquelas atrizes todas lindas e turbinadas jurando amor eterno a algum fulano da vez ou então dizendo que vão muito bem, obrigada, sozinhas e na revista seguinte ou já rolou o maior barraco ou elas estão saindo com um sicrano novo. Não faz a menor diferença ler ou não ler. É apenas um passatempo ao qual me dedico quando vou ao salão de beleza fazer as unhas ou na sala de espera de algum consultório médico.

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