Não sei se estou muito contaminada pelo mundo do agronegócio que cubro como repórter da revista Produtor Rural. Tem um lado do agronegócio que detesto, mas o que quero comentar agora é a viagem que fiz ontem e anteontem à região do médio-norte de Mato Grosso. Fomos (eu e o fotógrafo José Medeiros, velho conhecido, dos tempos de Cáceres) até Lucas do Rio Verde. Foi uma viagem a trabalho, mas muito gostosa, apesar dos buracos, do estresse da estrada e do carro desconfortável.
A paisagem é linda! Verde, muito verde! O céu, nessa época do ano, nunca está igual. Ora está azul, ora cheio de nuvens. Tem hora que chove, tem hora que faz sol. Muito gostoso! Aquela sensação de amplitude, estilo "Thelma e Louise". Fora isso, ótimas refeições (comemos peixe numa cidadezinha chamada Acorizal) e encontros com pessoas muito gentis. A recepcionista do hotel (o segundo que ficamos, depois de deixar o primeiro, que era muito ruim) deixou a gente ir embora com bagagem e tudo, com a promessa de retirarmos o dinheiro do banco, já que ela não passava o cartão. Saímos às 7h30m e só retornamos depois do almoço. Perguntei a ela se não ficou com medo da gente se mandar já que não fizemos qualquer tipo de registro. Ela disse que achou que eu não tinha cara de passar a perna. É gostoso ser reconhecida como uma pessoa honesta. A dona do restaurante (a churrascaria Picanha's, a melhor da cidade), uma carioca chamada Luísa, me beija quando chego lá (uma vez a cada seis meses). Ela me reconhece e ontem até nos ofereceu a refeição de graça.
Simpático, não? Enfim, Lucas é uma cidade muito jovem, fruto do crescimento do agronegócio e, sinceramente, me encanta. Não gostaria de morar lá (o que fazer nos finais de semana, além de comer e beber?), mas adoro visitá-la e reencontrar meus "amigos".
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