segunda-feira, 30 de março de 2009

Quanto vale a vida humana?

Quanto vale a vida humana? Nada! Essa é a conclusão que chego depois de pinçar uma notícia entre outras tantas veiculadas no portal Terra. Uma moça, que estava acompanhada dos pais, foi morta com um tiro na cabeça durante um assalto no Rio de Janeiro, depois que pediu ao ladrão para ficar com seu crachá de estagiária da Caixa Econômica Federal.
A notícia é tão triste que fala por si própria, mesmo assim não consigo deixar de comentá-la. A moça já tinha entregado sua mochila e pertences, mas quis manter o crachá, item sem qualquer importância para o ladrão.
Eu me recuso a fazer eco aqueles que pregam a exterminação dos bandidos em geral. Vamos matar todos? Será uma exterminação em massa?
Nessa hora, embora não frequente a igreja, sigo a doutrina cristã: quem somos nós para julgar?
A dona da Daslu e seus companheiros, acusados de vários crimes, já estão soltos para responder a seus crimes em liberdade, assim como a maioria dos criminosos de colarinho branco.
Nossa sociedade é tremendamente injusta e cria um espiral de violência sem fim. As saídas são exaustivamente discutidas por especialistas, mas pouca coisa muda.
Continuo achando que violência gera violência.
Não sei se meu raciocínio está confuso, mas penso que a forma como lidamos com o crime - polícia truculenta e corrupta, justiça lenta que privilegia quem tem dinheiro para pagar advogados, educação falha, família desestruturada, recursos publicos para saúde, educação e saneamento básico jogados pelo ralo) só está gerando pessoas para quem a vida humana não vale absolutamente nada e isso é muito triste.

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