quinta-feira, 2 de abril de 2009

Tomates verdes fritos

Hoje, apesar das tragédias diárias que nos assombram a cada dia, não quero falar de desgraças. Estou estranhamente feliz. O encanador não me deu bolo (e o problema no banheiro de serviço parece não ser tão grande quando se previa), o pintor foi terminar seu serviço, minha empregada também apareceu e ficou doidinha tentando se localizar no meio de tanta bagunça.
Mas, talvez o motivo maior de eu ter acordada tão bem humorada foi um filme maravilhoso que revi ontem à noite: 'Tomates verdes fritos". De vez em quando, gosto de assistir a alguns de meus filmes favoritos com minhas filhas. Claro que não pego pesado com elas - não ouso querer que meninas da sua geração vejam alguns pesos pesados que fizeram minha cabeça no passado, como os filmes de Bunuel, Truffaut, Kurosawa, só para citar alguns.
Voltando ao filme em questão, não se trata de um clássico, do porte de "E o vento levou ...", porém é bastante cativante e bem feito. Tem ótimos atores e conta uma história comovente e surpreendente. Trata-se basicamente de uma história de mulheres, passada em dois tempos diferentes: um tempo "presente" em que uma senhora de pouco mais de 80 anos (intepretada por Jessica Tandy) conta para uma dona de casa deprimida (Kathy Bates) a história de duas mulheres (eu me esqueci os nomes das personagens) que enfrentaram (e superaram) juntas perdas, a violência masculina e preconceitos (sobretudo, o racial) no Sul dos EUA nos anos 30. É um filme triste, mas do tipo que te joga pra cima, que faz a gente acreditar na amizade, na coragem e na possibilidade de ser diferente.

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