Depois de um post tão alto astral, volto às minhas elocubrações. Juro que não quero ficar de baixo astral, mas tem umas coisas que me assustam muito e juro que me sinto totalmente impotente para lidar com elas. Por exemplo, li num site noticioso hoje que a Igreja Católica de Recife quer convencer a família de uma menor de 9 anos a não abortar os gêmeos que está esperando. As crianças são frutos do abuso sexual do padastro da menina, que a violentava desde que ela tinha 6 anos e ainda abusa da irmã de 14 anos. Os médicos dizem que essa gravidez é de alto risco. Uma menina grávida aos 9 anos já é um absurdo, imagine de gêmeos.
É uma situação tão triste que a gente nem sabe o que pensar. A primeira coisa que me vem à cabeça é que direito tem a Igreja de opinar? Essa igreja que, como grande parte da sociedade, tem sido omissa diante desse tipo de violência. E é essa mãe (a futura avó), o que tem na cabeça? Será que não viu o que acontecia diante de seus olhos? Que futuro tem essa menina e seus filhos se vierem a nascer? Quantas meninas vivem situações semelhantes todo dia?
Enfim, diante da proximidade do Dia Internacional da Mulher, começo a ficar indignada com aqueles comerciais idiotas (como um da Assembléia Legislativa de MT) que colocam um monte de mulher pra dizer que "ser mulher é tudo de bom" e babaquices do gênero.
Ser mulher é ter que aguentar essa violência masculina e as mil desculpas para o estupro, a violência sexual em pleno século XXI. Deviam perguntar a essa menina o que significa ser mulher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário