Hoje cedo, logo depois de deixar minha filha caçula na escola, eu me deparei com uma cena corriqueira em Cuiabá: o veículo do Samu prestando socorro a um motociclista num dos inúmeros cruzamentos perigosíssimos da capital mato-grossense. A moto estava no chão e logo atrás do carro de socorro estava um fusca com todo jeito de ter sido envolvido no acidente.
Fiquei por alguns instantes me perguntando o que aconteceria com o motociclista - que vi de longe sendo erguido na maca - quando chegasse ao Pronto Socorro que todos dizem ser um caos. Teria que esperar horas por socorro em meio a outras tantas vítimas de acidentes de trânsito ou, por algum milagre, seria atendido imediatamente e ainda de forma satisfatória?
Enfim, pouca coisa mudou - e se mudou foi pra pior - desde as últimas eleições que deram vitória ao prefeito Wilson Santos. Há alguns dias, numa conversa informal, uma pessoa do gabinete do prefeito me disse que, em função dos problemas de caixa, tudo parou na cidade: serviço de limpeza de praças, tapa-buraco. Mas tudo será retomado, segundo ele, após o fim do período das chuvas. Ah bão, como diria um colega jornalista de Cáceres. Disse para meu interlocutor que vou receber visita na Semana Santa e estou com vergonha da cidade onde moro.
Dizem que a cidade é forte candidata a ser subsede na Copa de 2014. Alguns poucos são contra, alegando a falta de infraestrutura de Cuiabá. Posso ser ingênua, mas eu acho bom. Alguma coisa haverá de ser feita na cidade para estruturá-la melhor de modo a abrigar um evento internacional.
Do jeito que está tem horas que dá vontade de sair correndo. Pra onde? Esse é a questão num país com enormes dificuldades para administrar os problemas urbanos mais corriqueiros e que costuma jogar no ralo da corrupção boa parte dos recursos existentes.
2 comentários:
Pois 'e, enquanto o Brasil tem problemas basicos com saude, acaba de ser citado numa materia da CNN como um dos paises onde americanos ricos preferem ir pra fazer cirurgia plastica. Fica muito em conta para os americanos, eles dizem na reportagem. Dai eu me pergunto: que pais 'e mais louco, o Brasil com esses problemas estruturais, ou os EUA onde a taxa de desemprego esta mais de 10% e o presidente da General Motors ganha mais ou menos R367.000 por mes?
Pois é, Dete, acho que o mundo é louco ... No sábado, folheando uma revista Contigo no salão fiquei chocada ao saber que as crianças protagonistas do filme "Quem quer ser milionário?" continuam morando em condições bem semelhantes às mostradas no longa-metragem. Inclusive, a matéria dizia que o pai do menininho que interpreta o Jamal o tinha agredido na frente dos jornalistas.
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