Não resisto a fazer o registro desse fato. Um vereador de Cuiabá, Ralf Leite (PRTB), foi preso sob acusação de atentado ao pudor, desacato à autoridade, falsidade ideológica, etc. Ele foi pego fazendo sexo oral em sua Pajero com um travesti de 17 anos, que o acusou de não pagar o combinado (essa parte da história está mal contada).
Procuro na internet alguma informação a mais sobre o "nobre" edil de primeiro mandato e descubro uma matéria de 15 de janeiro passado que diz que Leite "pretende priorizar a juventude, conscientizando-a da importância de uma juventude envolvida com os trabalhos do legislativo" (www.jusbrasil.com.br)
Estava tudo previsto ... Só não viu quem não quis.
Argh, por essas e outras que estou cada vez mais desolada com nosso Poder Legislativo! Até quando vamos aguentar esse tipo de parlamentar? Ou eles são apenas um reflexo de nós mesmos, eleitores? Eu, pelo menos, me sinto cada vez menos representada.
2 comentários:
Martha, fiquei pensando em como esse cara foi massacrado pela imprensa por um ato que é de foro íntimo, e que em nada depõe quanto ao caráter do jovem. Explico: ele estava fazendo sexo - se oral, anal, normal, orelhal ou animal pouco importa, não é mesmo? - com um travesti menor de idade, dentro do carro. Portanto, reservadamente. O fato de o travesti ser menor - 17 anos - também pouco importa - os jovens em geral fazem sexo antes dessa idade, e, mais uma vez, de que forma ou com quem não nos interessa. Então, que motivos tinha a imprensa em detonar esse jovem, que apenas ousou exercitar seu direito de se relacionar sexualmente com alguém? Houve crime?Me parece claro que não. Houve preconceito da imprensa? Claro que sim. Sensacionalismo barato, digno de notícias populares, estampado na capa dos três maiores jornais do estado. Sem o mínimo pudor jornalístico. A quantidade de jovens que pratica o homossexualismo - esse foi o caso, na verdade - é crescente. Sem querer me aventurar pelos anais da sociopsicologia, creio que essa é a maneira que encontraram de transgredir, de chocar essa sociedade careta de moral judaico cristã que seus pais - deles, nós - um dia combateram e transgrediram. Eles não têm ditadura para combater, não tem liberdade sexual para defender - o tempo de queimar sutians e fazer sexo grupal parece esquecido - e, através do sexo com o mesmo gênero, parecem encontrar algo com que caracterizar sua geração. Lembremos que a Islândia acaba de eleger uma lésbica assumida para presidente ou primeira-ministra, sei lá. Agora, pegam um pobre coitado com um travesti e crucificam só porque ele é vereador? Com perdão da expressão, que tem a ver o cu com as calças?
Viva a pluralidade de idéias!
Acho legal você defender uma posição contrária à corrente, mas nesse caso discordo de você.
Tudo bem que se trate de um ato de foro íntimo, mas porque o cara sai dizendo que "todas mulheres de Cuiabá sabem que ele é espada"?
Ele não é exatamente uma criança ou um rebelde sem causa! Se ele tem suas opção sexual que saia do armário e defenda a bandeira do homossexualismo.
Para mim, ele parece mais um daqueles caras que fazem pose de machão em rodas sociais e acham que transar com um travesti nada mais é do que a afirmação da sua virilidade masculina.
Concordo que o assunto é delicado e merece uma abordagem menos sensacionalista, mas convenhamos que é um prato cheio para a mídia!
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