segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O apelo da natureza

Novamente é segunda-feira e estou me sentindo que nem o Garfield, personagem divertido de quem tenho muitas saudades. Hoje, pra complicar, começaram as aulas da minha mais nova e tive que acordar mais cedo (bem mais cedo do que gostaria) e ainda por cima fiquei no telefone até tarde com minha irmã do Rio que precisava acordar ainda mais cedo do que eu.
Falamos sobre questões relacionadas à saúde de pessoas querida da família e, mais uma vez, me toquei de que estamos todos envelhecendo e caminhando inexoravelmente para a morte que, dependendo do ponto de vista, pode não ser um fim. Em que eu acredito? Sinceramente? Não sei e, mesmo assim, continuo me atendo tolamente aos penduricalhos, às coisas tão sem importância.
Ando com muita saudade de natureza. O máximo de contato com natureza que tenho conseguido ter nos últimos anos é através de algumas reportagens que faço pela revista onde trabalho e eventuais passeios à Chapada quando alguém de fora vem me visitar. É muito pouco para uma pessoa que realmente adora bicho (cavalo, cachorro, passarinho, barulho de sapo, grilo), verde e água corrente (mar, cachoeira, rio).
Moro tão perto disso tudo, em pleno Mato Grosso, e acabo tendo tão pouco contato com tudo isso! Logo eu que cheguei a morar em fazenda por um tempo realizando um velho sonho de infância! Pretendo corrigir isso tão logo consiga reequilibrar minha vida financeira, ciente do quanto é importante para mim. De que adianta a gente louvar as belezas e as coisas da natureza se não desfruta delas?
Eu me toquei disso tudo esta semana quando planejava uns dias de férias em Mato Grosso para uma sobrinha que mora nos EUA e pretende vir aqui em abril para acompanhar o casamento de um sobrinho. Ela está em busca de programas bacanas para fazer com as filhas e eu lhe falei de Chapada dos Guimarães, de Nobres, do Pantanal. Ontem uma outra pessoa sugeriu Jaciara com seus programas de rafting e rappel. Não conheço Nobres, nem Jaciara, embora more aqui há tantos anos e tampouco conheço alguns lugares famosos da Chapada como a Cidade das Pedras. Não conheço Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira capital de Mato Grosso! Fazer turismo em Mato Grosso não é tão simples, nem barato e isso me traz à irônica situação de sugerir passeios para minhas sobrinhas que ainda não fiz.

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