sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Experiências como escritora

No final da tarde de ontem participei de uma atividade com alunos de ensino médio de um dos maiores colégios de Cuiabá (o Master). Fui a convite da Editora Entrelinhas, que publicou meu livro (Cantor de amor e saudades) em 2005, e só sabia que era um evento sobre leitura com a presença de autores mato-grossenses. Fui meio sem saber o que encontrar motivada principalmente pelo desejo de atender a uma solicitação do pessoal da Entrelinhas, sempre muito bacana comigo.
No início, fiquei meio perdida no ginásio da escola, onde se improvisaram estandes de editoras e livrarias de Cuiabá. Acho que eu não estava com cara de escritora (como é cara de escritor?) porque nenhum dos alunos me procurou para conversar. Enquanto isso, outro escritor convocado pela Entrelinhas, o médico Ivens Cuiabano Scaff, estava constantemente cercado pelos estudantes na mesinha instalada no local. Ele tinha chegado primeiro e assumiu o posto de escritor-a-ser entrevistado para o trabalho da escola. Mas, assim que deu uma brecha, eu me aproximei e comecei a dividir com ele e outra escritora que chegou logo depois, Daniela Freire, a função de responder aos alunos.
Foi gostoso. Primeiro, porque me dei conta novamente do imenso prazer que tenho de falar do meu livro. Meus olhos se iluminam, tenho que me controlar para não me empolgar demais. Segundo, porque foi muito legal ouvir as perguntas de alguns jovens, sentir o interesse e a aplicação deles ao trabalho. Quando a gente é mãe de adolescente, percebe quando eles estão de saco cheio de ouvir adultos ou se estão curtindo.
Foi interessante também ouvir as respostas e conhecer a experiência dos outros autores, principalmente do Ivens, que faz poesia e literatura infanto-juvenil e é um escritor profícuo e entusiasmado. Tiramos dezenas de fotos com os alunos que provavelmente serão utilizadas para ilustrar os trabalhos. Achei muito legal a iniciativa do Colégio Master num momento em que fala-se tanto em educação e cultura, mas muitos jovens não se interessam em ler ou escrever.

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