quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Natal na Floresta Negra

 
Marina, Carla, Leonardo e Pilar em Villigen-Schwenningen

Fiel à cronologia da viagem, hoje vou falar sobre o Natal, que passamos -  minha filha Marina e eu - no Sul da Alemanha, mais precisamente na região da Floresta Negra.
Chegamos à estação de Saint George no dia 24, por volta de 7h, e tivemos a alegria de sermos recebidas com um abraço e o sorriso aberto de minha sobrinha Maria Teresa (Tetê), que mora em Mönchweiler há quatro anos. 
A casa dela, construída pelo marido Christian, é linda. Parece aquelas casas de filmes norte-americanos ou europeus modernas, práticas e, ao mesmo tempo, aconchegantes. 
Depois de algumas horas de sono para compensar a noite mal dormida durante a viagem de trem, reencontramos o resto da família numa mesa farta de café da manhã: os três filhos mais velhos de Tetê, que também estavam visitando a mãe, genro, nora e a netinha Maitê - menos de dois anos de pura gostosura.
Em seguida, todos - com exceção do casal anfitrião - fomos passear em Villigen-Schwennigen, uma cidade um pouco maior, situada a cerca de 15 minutos de carro. 
Fizemos um lindo passeio a pé na parte antiga da cidade, cercada por um muro, e lá, meu sobrinho Leonardo contou que havia grande rivalidade entre os moradores de Villigen e de Schwenningen num passado remoto. Eles viviam brigando e, numa certa época, os governantes da segunda (ou foi da primeira?) fizeram um cerco para matar seus rivais de fome. Os sitiados tiveram então a ideia de soltar os poucos bichos que tinham e fazer uma algazarra bem grande para parecer que havia muitos víveres ainda na cidade. Diante disso, os inimigos desistiram do cerco. 
Não sei se a história é exatamente essa e se é verdadeira, mas hoje os vilarejos estão ligados e, aparentemente, em harmonia.
Passeando pelas ruas, descobrimos que as lojas fechavam às 14h na véspera de Natal - fato totalmente inusitado para nós, brasileiros, habituados ao comércio aberto até o último minuto (pobres comerciários!).
Depois de um lanche no Burger King, passeamos pela região do Lago Titisee. Um passeio belíssimo, que deu um gostinho ainda melhor do que nos esperava na Europa em termos de deslumbramento.
Chegamos em casa pouco antes do início da ceia. A comida deliciosa foi preparada pelo anfitrião: pato, uma batata gostosíssima e salada de cenouras e ervilhas. A sobremesa, uma torta maravilhosa, foi feita pela anfitriã. 
Depois da chegada de Papai Noel,  ficamos ali curtindo a casa quentinha e a alegria de Maitê.  Eu estava um pouco preocupada com minha outra filha, Diana, que viajou para o Estado de São Paulo de ônibus na véspera do Natal e ainda não tinha dado notícias.  Coração de mãe é fogo: está sempre dividido ...
No dia seguinte, depois de mais um café da manhã gostoso fomos visitar o apartamento de Mercedes, minha sobrinha neta que também mora na Alemanha, numa outra cidade relativamente próxima. Fomos e voltamos debaixo de chuva forte, mas isso não impediu que desfrutássemos do aconchego do apê de Mercedes e Mathias e da linda vista do Lago Constance - o maior da Europa.
O jantar aconteceu num restaurante muito especial que funciona numa antiga estrebaria. Comi vários pedaços de uma pizza diferente, que é a especialidade da casa, e tomei cerveja de trigo (Weissbeer). 
No dia seguinte, cedo, seguimos nosso caminho para Praga, depois de vermos Monchweiler e a estrada que nos levou à estação de Villingen-Schwenningen tomada pela neve que caiu durante à noite. Pena que ela não caiu no dia anterior para realizar meu sonho de um Natal dos cartões de Natal da minha infância, com neve e bonecos de neve.  Mas deixamos o Sul da Alemanha nos sentindo ainda mais próximos desse ramo da nossa imensa família Baptista, agora acrescida de alguns sobrenomes alemães.

O requinte da ceia de nossos anfitriões
Prost!



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