segunda-feira, 19 de março de 2012

No piloto automático

Manter um blog é como fazer ginástica e se você não faz um dia e não faz no outro acaba ficando meio destreinada. É assim que estou me sentindo.
Sobre o que falar? Sobre minha vida? Minhas filhas? Meu trabalho? Minhas pequenas alegrias e frustrações?
Confesso que comecei a semana meio desanimada depois dos acontecimentos do fim de semana. Bateu uma sensação de cansaço, inutilidade.
Não pude ir nadar porque tinha um compromisso de trabalho cedo e senti no corpo e na alma a falta do sol, de movimentar o corpo na piscina - uma coisa que me dá tanto prazer e me faz sentir viva.
Mas tenho que ser pragmática e ir tocando a vida, respondendo às demandas que aparecem, mesmo que seja meio que ligada no piloto automótico.
Agora cheguei num ponto interessante. Às vezes me questiono se estou vivendo de uma forma suficientemente intensa ou se estou apenas ligada no piloto automático.
Essa é uma pergunta que me faço com especial convicção depois de presenciar a morte de uma jovem de 20 anos. Já que sei que a única certeza que tenho no momento é a de que vou morrer um dia, será que realmente estou conseguindo valorizar o que deve ser valorizado? Ou será que estou me (pre) ocupando demais com coisas sem importância?
Sei que o amor é importante e a razão maior de nossas vidas, mas será que estou amando o bastante ou apenas de uma forma medíocre, limitada?
Será que estou fazendo o bastante para deixar minha pegada no mundo?
Acho que vou ter que dormir com essas e outras dúvidas.

Um comentário:

Terezinha Costa disse...

Oi Martha,

talvez estar vivo seja justamente se debater nesse tipo de dúvida.