quinta-feira, 15 de março de 2012

O que é o que é

Querido blog,
Ando meio afastada, relapsa, mas não me esqueci de você e tampouco gosto menos de você.
Acontece que meu ritmo de vida mutou um pouco nas últimas semanas. Estou ficando a tarde inteira (das 13h até o início da noite) num lugar onde tenho acesso ao computador, porém não a você.
Quando chego em casa, depois de pegar um tráfego intenso, estou meio cansada e nem sempre consigo escrever. Gosto de escrever com muita luz, ou melhor, preciso de muita luz para escrever e este não é um quesito muito bom na minha casa (a iluminação).
Por outro lado, nem sempre consigo escrever de manhã. Está uma correria só ...
Você me perdoa?
Não posso me queixar da minha vida, apesar de alguns detalhes. Ih, nem dá para eu contar agora esses detalhes (só se este blog fosse guardado a sete chaves).
Neste momento, estou pesarosa. Uma  pessoa muito jovem que conheço desde que tinha três anos vem lutando bravamente contra uma doença implacável e neste momento, ao que tudo indica, está levando desvantagem.
Nem sei o que dizer diante disso e também não sei o que dizer à mãe dessa menina, com quem obviamente me identifico.
Acho tão injusto que uma pessoa tão jovem sofra tanto! Sei que milhares, milhões de pessoas, talvez, lutam diariamente contra doenças implacáveis e é muito bom quando a gente assiste a episódios de cura e vitória do doente sobre o mal, como está acontecendo com o ator Reinaldo Gianecchini.
Ao longo da minha vida, assisti de perto a casos em que o paciente venceu (e ainda está vencendo) o câncer e outros em que acabou vencido pela doença apesar de sua alegria e vontade de viver.
Tem gente que fala em cura espiritual, em força de vontade, do amor. Eu acho que se entregar não ajuda a cura, mas nem sempre a disposição de luta e a vontade de viver da pessoa são suficientes.
"Ninguém quer a morte/ Só saúde e sorte", como diz Gonzaguinha na bela "O que é o que é".
Há quem acredite em reencarnação, em karma, vidas passadas ... Eu ainda não consegui me desapegar totalmente do catolicismo da minha infância e adolescência para abraçar outras religiões que, de alguma forma, parecem mais consoladoras.
Só sei que que não sei e que, mais do que nunca, preciso viver o amor (por minhas filhas, minhas irmãs e demais parentes, amigos e quem mais desejar o meu amor) para preencher o vazio que nos ronda em momentos como esse.

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