segunda-feira, 12 de março de 2012

Concurso

Ontem passei por minha segunda experiência de concurso público depois de ... digamos ... adulta.
Foi extenuante! Tão extenuante que não tinha forças para nada quando cheguei em casa.
Fiz o concurso para o Senado. Não fiz muita publicidade sobre o fato para não alimentar falsas expectativas nas pessoas que me conhecem, mas não consigo deixar de comentar a experiência neste meu confessionário.
Ontem, de manhã, li algumas matérias sobre o concurso em que entrevistados diziam que estavam se preparando para esse concurso há três anos. É claro que isso me deu um frio na barriga, mas segui em frente, afinal, eu não tinha como me preparar devidamente no pouco tempo transcorrido entre a minha decisão de fazer o concurso e a prova propriamente dita.
Bem ... A prova foi difícil. Usando uma expressão em voga no BBB, foi quase uma prova de resistência.
Tivemos cinco horas e meia para responder 80 questões objetivas (Língua Portuguesa, Conhecimentos Gerais, Inglês e Conhecimentos Específicos), fazer uma redação de 30 linhas e uma texto de resposta a uma questão discursiva (30 linhas também).
Considerando que era recomendável chegar ao local com uma hora de antecedência (a gente nunca sabe o que tem pela frente no trânsito de Cuiabá), foram quase sete horas de função (entre sair de casa e retornar sã e salva). Ou melhor, quase "sã": eu cheguei com tanta dor no pescoço e na parte superior das costas que achei que não iria me mexer hoje. Mas sobrevivi graças aos alongamentos aprendidos na yoga.
Voltando às provas, em alguns momentos eu me senti uma idiota, em outros eu me perguntei "o que estou fazendo aqui?", porém, apesar de todos esses pensamentos imobilizantes, segui em frente. Passei por todas as questões objetivas (imensas, com textos enormes e complexos), respondi o que achava que sabia, fiz a redação e a questão discursiva, e retornei às questões objetivas. Fui uma das três últimas pessoas a deixar a sala e não consegui responder com consciência todas as questões.
Sinceramente, não sei qual será o meu desempenho, mas é quase certo que estará abaixo do necessário para conquistar a "única" vaga para jornalista. Acho que fiz uma ótima redação. Infelizmente o regulamento diz que só serão corrigidas as questões discursivas de quem tiver um mínimo de acerto (cujo valor não me lembro) nas questões objetivas.
É uma pena ...  Mas acho que valeu a pena ter tentado. Li um livro e meio sobre teorias de Comunicação (estou quase aprendendo uma coisa que nunca soube na minha vida de jornalista) e vi que meu conhecimento geral, meu português e meu inglês estão meio precários.
Descobri também que telenovela também é cultura: tenho quase certeza de que acertei uma questão que dizia respeito às novelas de Dias Gomes. Não sei em que isso me credencia para ser jornalista no Senado, mas jogo é jogo ...

3 comentários:

Dete disse...

Martha, tomara que voce tenha passado. Bjs

Anônimo disse...

Também fiz a prova, porém para o cargo de Taquígrafo. Venho estudando bastante, me dedicando integralmente à preparação para concursos e fiquei extremamente decepcionada com essa prova. Cansativa, longa e cheia de textos, questões mal formuladas, muita decoreba e no meu caso, apenas UMA questão de Ética Profissional, e NENHUMA de Regimento Interno, que deveriam ter sido cobradas na parte das disciplinas específicas.

Martha disse...

Não tenho muito prática de concurso, mas também fiquei decepcionada. Concordo com vc: muitas questões estavam mal formuladas (nem consegui entender o que uma delas pedia). Deve ser muito ruim para quem vem se preparando bastante ter esse tipo de decepção.