segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Compartilhar é viver

Neste domingo venci a inércia e fui ao shopping em Cuiabá comprar alguns (poucos) presentes de Natal. Para minha surpresa, o shopping não estava insuportavelmente cheio e, com exceção das lojas de departamentos (Renner, Avenida, C&A, LA), as demais estavam bastante tranquilas, algumas praticamente vazias.
Considerando que o fim de semana foi o último antes do Natal acredito que há uma certa distãncia entre o que a TV propaga e a vida real, pelo menos aqui em Cuiabá. Não me parece que as pessoas estejam comprando tanto e com tanto dinheiro como a mídia dá a entender.
Já disse em post anterior que o espírito natalino não me contagiou, embora eu esteja feliz por ter minha pequena família reunida novamente com a chegada da filha que mora no interior de São Paulo. Também me agrada a ideia de ir a Cáceres no próximo final de semana para passar o Natal com meus cunhados e sobrinhos. Só fico meio triste quando as pessoas me perguntam se vou para o Rio. passar as festas de fim de ano. É claro que gostaria de ir, mas também não é um drama ficar por aqui (pelo segundo ano consecutivo).
Estou também contente de poder passar o Réveillon numa festa na casa de amigos do Chorinho e por ter novos trabalhos surgindo. Preciso me concentrar no trabalho para ver se consigo mudar o disco de uma vez por todas. Isso não quer dizer que vou passar a viver 100% para o trabalho. Quero manter um mínimo de atividades salutares e prazerozas, como nadar, fazer aulas de hidro-bike, cantar no Chorinho, dançar, caminhar no Parque e eventualmente namorar.
Aliás, hoje, consegui entender por que fiquei tão chateada pelo fato de o grupo do qual faço parte não se apresentar pelo segundo ano. O Madrigal do Avesso foi criado no ano passado com uma proposta maravilhosa. Entrei no grupo em junho de 2010 e fiquei muito feliz por ter sido aceita num grupo tão especial e seleto. Enfrentamos alguns problemas com a saída de integrantes do grupo e terminamos o ano sem uma apresentação pública. Este ano, novos integrantes chegaram e outros saíram e terminamos mais um período sem apresentações.
Não se trata de buscar explicações ou justificativas para o fato de não nos apresentarmos. Às vezes fico meio chateada comigo mesma achando que essa vontade tão grande de me apresentar é uma mera necessidade de afirmação do meu ego, mas para isso, bem ou mal, tenho o espaço do Chorinho, onde sempre me apresento às quartas-feiras e sábados.
Cantar, para mim, é compartilhar, então, fico frustrada por não poder compartilhar o que aprendi e vivi no madrigal. Eu não me importaria em cantar para um grupo de pessoas carentes, doentes, transeuntes, da terceira idade, de qualquer idade ... O lugar não importa, nem o tipo do público, o que importa é ter a oportunidade de compartilhar a sensação boa que a música provoca na gente, deixar o racionalismo de lado para fluir ao sabor das canções, ser conduzida pela emoção por alguns minutos, entregar-se ao milagre operado pelo encontro de nossas vozes.
Vamos ver o que me espera em 2012 em termos musicais. 

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