terça-feira, 27 de dezembro de 2011

De bem com a vida

Estou de volta para casa e uma quase rotina. Amanhã recomeço a trabalhar nos meus frilas, mas como não irei à Entrelinhas à tarde (estamos de recesso) tudo ainda ficará com um gostinho de semiferiado.
Apesar de estar sozinha neste momento (as meninas ficaram em Cáceres), estou tranquila. Fiz uma viagem chatinha de Cáceres para cá - quase quatro horas de ônibus com um companheiro de poltrona meio mala, que insistia em conversar, embora eu não desse sinais de que estava a fim. Ele se mexia demais, não parava quieto, era invasivo. Eu botei o fone no ouvido, tentei cochiclar, mas acordava por causa da inquietação dele. Mas chegamos. É o que importa.
Em compensação peguei um motorista de táxi muito gentil. O cara tem 28 anos de praça e acho que me deu uma cantadinha de leve. Disse que depois que ficou viúvo não conseguiu encontrar a mulher certa porque as mulheres de hoje em dia só querem saber de festa e dinheiro. Quase que eu disse o mesmo sobre os homens. Ele me falou onde mora, disse que seu for lá um dia tem que ligar no celular dele porque a casa é muito grande (e própria) e não dá para ouvir se alguém chega. Não entendi por que não tem campainha. Perguntou sobre meu marido. Pena que ele não seja meu tipo (pelo menos não me pareceu).
Meu Natal em Cáceres foi gostoso, embora cercado de alguns acontecimentos ruins, como a morte do professor Natalino, cuja família fui visitar, e de um rapaz, amigo de minhas filhas, que morreu num trágico acidente de carro vindo do Paraná para Cáceres a fim de passar as festas com os pais. Nem consigo imaginar o estado de espírito desses pais, com quem não tenho amizade.
Mas, a vida seguiu em frente e nos divertimos bastante na véspera do Natal numa festa animada por uma ótima banda de rock (em Cáceres, acreditem), na noite de Natal (que teve um amigo da onça muito divertido), encerrada às 5h da manhã e no domingo de Natal, regado a banho de piscina, muita cerveja, violão e cantoria. E olha que eu estava me tratando de uma faringite e uma laringite, diagnosticadas na quinta-feira.
Realmente, a hospedagem na casa de Márcia e Cláudio, meus anfitriões, é nota 10! Fico muito feliz que tenhamos conseguido manter e até incrementar esse relacionamento após a minha separação do pai das minhas filhas, irmão de Cláudio.
Revi alguns poucos amigos e me enterneci com o clima de Cáceres, uma cidade que mora no meu coração e onde vivi grande emoções.
Fecha a cortina e agora é tocar a vida em Cuiabá. Tentar manter o coração aquecido (né, Chorik?) e a mente aberta. Tentar não se abater com as coisas ruins, com as pessoas que insistem em fazer tanto mal aos outros e a si mesmas. Ficar sintonizada com as energias do bem. Não fugir da raiva e da indignação, mas não deixar que elas azedem meu dia, meu humor e minha saúde.

5 comentários:

Anônimo disse...

Martha, coração aquecido sempre! E essas energias do bem, navegue nelas, reabasteça-se com pessoas positivas, alegres, simples. Abra exceção para mim.
Lógico que não estamos imunes às coisas ruins, mas não sintonizar com esse clima destrutivo que insistem em propagar.
Um ótimo 2012!
P.S. - Precisava de um(a) Cáceres em minha vida.
P.S. 2 - Cuiabá deve estar torrando cucas. Hidrate-se, tá bom? rs

Jane disse...

Senti uma imensa falta de vcs no Natal na minha casa, mas adorei saber q curtiram bastante lá em Cáceres. Continue de bem com a vida e ela em troca estará de bem com vc! Hum... Está parecendo livro de autoajuda! Bjs.

Martha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Martha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Martha disse...

Gracias a vocês!